sábado, 26 de novembro de 2011

A mulher cananéia

A multidão intentou apedrejar Jesus por causa das suas palavras e não por causa dos milagres que ele realizou “Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais? Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” ( Jo 10:32 -33).
“E, partindo Jesus dali, foi para as partes de Tiro e de Sidom. E eis que uma mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada. Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós. E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me! Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. E ela disse: Sim, SENHOR, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã” ( Mt 15:21 -28). 
Uma estrangeira crente
Após recriminar os fariseus por pensarem que servir a Deus era o mesmo que seguir tradições de homens ( Mc 7:24 -30), Jesus e seus discípulos seguiram para as terras de Tiro e de Sidom.
O evangelista Lucas deixa claro que, em terras estrangeiras Jesus entrou em uma casa e não queria que soubessem que ali estava, porém, não foi possível esconder-se. Uma mulher grega, siro-feníncia de sangue, que tinha uma filha possuída por um espírito imundo, ao ouvir falar de Jesus, passou a rogar-lhe que expulsasse da sua filha o espírito que a atormentava “Porque uma mulher, cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés” ( Lc 7:25 ).
O evangelista Mateus descreveu que a mulher saiu das cercanias e passou a clamar dizendo: - Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada! Mas, apesar das súplicas, Jesus parecia não ouvi-la.
Diferentemente de muitos outros que ouviram falar de Jesus, a mulher cananéia declarava uma verdade ímpar: - Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim...
A mulher não clamou por um mago, um feiticeiro, um curandeiro, um milagreiro, um médico, etc., antes clamou pelo Filho de Davi. Enquanto os filhos de Israel questionavam se Cristo realmente era o Filho de Davi, a mulher cananéia clamou plena de certeza: - Senhor, Filho de Davi..., uma certeza impar se compararmos com as especulações da multidão "E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi?" ( Mt 12:23 ).
Deus havia prometido nas escrituras que o Messias seria filho de Davi, e o povo de Israel aguardava ansiosamente a sua vinda. Deus prometera que um descendente de Davi, segundo a carne, havia de construir uma casa a Deus e o reino de Israel se firmaria acima de todos os reinos ( 2Sm  7:13 e 16). Porém, a mesma profecia deixava claro que este descendente seria o Filho de Deus, pois o próprio Deus seria o seu Pai, e o descendente seu Filho "Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens" ( 2Sm 7:14 ).
Mesmo tendo nascido na casa de Davi, pois Maria era descendente de Davi, os escribas e fariseus rejeitaram o Messias. Embora as Escrituras deixassem bem claro que Deus tinha um Filho, não creram em Cristo e rejeitavam a possibilidade de Deus tem um Filho “Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes?” ( Pv 30:3 ).
Diante da pergunta de Jesus: "Como dizem que o Cristo é filho de Davi?" ( Lc 20:41 ), seus acusadores não souberam responder o porquê Davi chamou profeticamente o seu filho de Senhor, se compete aos filhos honrar os pais e não os pais aos filhos ( Lc 20:44 ), porém, o que aquela mulher estrangeira ouviu acerca de Cristo foi o suficiente para concluir que Cristo era o Filho de Deus a quem Davi chamou de Senhor.
Ora, apesar de estrangeira, a mulher ouviu falar de Cristo, e a informação que chegou até ela levou-a a concluir que Cristo era o Messias prometido, o Descendente de Davi "Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra" ( Jr 23:5 ).
Por causa do clamor da mulher os discípulos ficaram incomodados, e pediram a Cristo que a despedisse. Foi quando Jesus respondeu aos discípulos dizendo: - Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Apesar de estar em terra estrangeira, Jesus enfatizou qual era a sua missão “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” ( Jo 1:11 ); "Ovelhas perdidas têm sido o meu povo, os seus pastores as fizeram errar, para os montes as desviaram; de monte para outeiro andaram, esqueceram-se do lugar do seu repouso" ( Jr 50:6 ).
Como o povo de Israel se esqueceu do ‘lugar do seu repouso’, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, a anuncia-los: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" ( Mt 11:28 ); "Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne" ( Rm 1:3 ).
Ao convocar o seu povo dizendo: - Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, Jesus se identifica como sendo o cumprimento do que foi profetizado por boca de Jeremias.
O povo do Messias o rejeitou, mas a mulher cananéia aproximou-se de Jesus e o adorou, dizendo: - Senhor, socorre-me!
O evangelista Mateus deixa claro que, pelo fato de a mulher ter pedido socorro a Cristo, estava adorando-O. Pelo fato de ter clamado: - Senhor, socorre-me!, o pedido da mulher era uma adoração ao Filho de Davi.
Por ter ouvido acerca de Jesus, a mulher creu no fato de que Ele era o Filho de Davi e, concomitantemente creu que Cristo era o Filho de Deus, pois adorou-O. O evangelista deixa claro que, o ato de pedir a Cristo que lhe concedesse a dádiva de libertar a sua filha daquele terrível mal, algo impossível aos homens, constituiu adoração.
A adoração da mulher aparentemente não surtiu efeito, pois Jesus lhe disse: - Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. A resposta de Cristo à mulher foi um complemento à resposta de Cristo aos discípulos.
O registro de Lucas dá o significado exato à frase de Cristo: “Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” ( Mc 7:27 ). Jesus estava enfatizando que a sua missão estava vinculada à casa de Israel, e atende-la, seria comparável ao ato de um pai de família que tira o pão dos filhos e dá aos cachorrinhos.
A resposta da mulher é surpreendente, pois ela não se fez de rogada ao ser comparada aos cães, e responde: - Sim, SENHOR, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. Ela confirma o que Jesus lhe disse, porém, enfatiza que não buscava o alimento destinado aos filhos, mas a migalha que cabe aos cachorrinhos.
Para aquela mulher, a migalha da mesa do Filho de Davi era suficiente para resolver o seu problema. Ela demonstrou que não tinha a pretensão de tirar o pão dos filhos que possuíam o direito de serem participantes da mesa, antes bastava a migalha que caísse da mesa do Filho de Davi.
Foi quando Jesus lhe respondeu: - Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora sua filha ficou sã.
É importante notar que a mulher foi atendida por crer que Cristo era o enviado de Deus, o Filho de Davi, o Senhor, e não porque Jesus se comoveu pelo sentimento de uma mãe desesperada.
Não é o desespero de uma mãe que faz com que Deus venha em socorro do homem, pois Cristo quando leu as Escrituras no profeta Isaias, que diz “O Espírito do Senhor é sobre mim...”, disse: “Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos” ( Lc 4:21 ), e deixou claro que é a confiança em Deus que move a mão Deus, pois havia inúmeras viúvas necessitadas em Jerusalém, porém, Elias foi enviado à casa de uma viúva estrangeira. Por quê? Porque aquela moradora da cidade de Sarepta de Sidom reconheceu que Elias era profeta, e apesar de sua necessidade, que beirava ao desespero, demonstrou a sua confiança em Deus ao obedecer a palavra do profeta ( Lc 4:25 -26).

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Espiritualidade de Deus

João 4:1-26
Introdução: Quando falamos de Deus, da Sua natureza e atributos, referimo-nos à essência de Deus e não às formas em que Ele tem se manifestado, e não estamos falando necessariamente sobre uma determinada pessoa da trindade. A palavra ‘Pai’ mostra a Sua personalidade, enquanto a palavra ‘Deus’ manifesta a Sua essência (Charnock, V. I, pág. 178).
Os atributos de Deus são as características distintivas da natureza divina inseparáveis da idéia de Deus e que constituem a base e o apoio das suas várias manifestações às suas criaturas
Chamamo-los atributos porque somos compelidos a atribuí-los a Deus como qualidades ou poderes fundamentais do Seu ser a fim de dar um relato racional de alguns fatos constantes nas auto-revelações de Deus. Não são existências separadas. São atributos de Deus (A. H. Strong, V.I, pág. 364, 366).
Atributo é a essência total agindo de uma forma específica. O centro da unidade não está em qualquer atributo, mas na essência... A diferença entre o atributo divino e a pessoa divina é que a pessoa é uma forma da existência da essência, enquanto o atributo é uma forma da relação, ou da operação da essência (Shedd, Dogmatic Theology, 1.335. citado em A. H. Strong, V. I., pág.367).
Qual é a Natureza de Deus?
“Deus é Espírito” (João 4.24)
Dizer que Deus é Espírito é fácil, pois a Bíblia diz assim. Mas o que queremos dizer por “espírito”? A palavra espírito é usada várias vezes com significados diversos. Quais apontam para Deus?
Espírito aerificado (Reduzir (-se) ao estado gasoso; aerizar, Dicionário Aurélio Eletrônico); Salmos 11.6, no hebraico “vento tempestuoso” ‘espírito de tempestade’.
Respiração – “espírito de vida”, Gênesis 6.17.
Anjos – Salmos 104.4, “faz dos seus anjos espíritos”. Podem ser tanto os bons quanto os imundos (Marcos 1.27)
Alma/espírito - do homem (Eclesiastes 12.7); de Cristo (João 19.30); Deus é Deus “dos espíritos de toda a carne” (Números 16.22).
Sem Carne – “... seus cavalos, carne, e não espírito” (Isaías 31.3); “um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lucas 24.39).
Ativo e eficaz – “Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me”; Calebe manifestou uma afeição ativa e não uma índole preguiçosa. Usou-se ‘espírito’, pois um espírito geralmente tem uma natureza ativa (Números 13.24; Daniel 6.3).
Forte atividade - Oséias 4.12, “O meu povo consulta a sua madeira, e a sua vara lhe responde, porque o espírito da luxúria os engana, e prostituem-se, apartando-se da sujeição do seu Deus”. Esta mesma idéia é embutida em Provérbios 29.11, “O tolo revela todo o seu pensamento (Hebraico = ‘espírito’)” no sentido que ele não sabe refrear a atividade da sua mente; ação espontânea sem controle ou limite.
Quando a Bíblia diz que Deus é Espírito, ela quer transmitir que Deus é o somatório de todos os significados, ou seja: uma substância invisível e ativa que promove ações em Si e nos outros. Não tem corpo, é sem tamanho, sem formato, sem bitola, ou comprimento de um corpo completamente separado de algo que é carnal ou de matéria (Charnock, V. I, pág. 181). “Deus é Espírito espiritíssimo, mais espiritual de todos os anjos ou almas” (Charnock, V. I., pág. 181, citando Gerhard). Como Ele excede tudo na essência do Seu ser, assim Ele excede tudo na Sua natureza de espírito: não há nada grosso, pesado, ou de matéria na Sua essência.
A afirmação de que “Deus é Espírito” testifica contra a heresia dos Saduceus que deram a Deus um corpo somente. Atos 23:8, “Porque os Saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa”.
Afirmar que “Deus é Espírito”, no contexto de João 4.24, manifesta verdades sobre a verdadeira adoração do homem à Divindade. A própria essência de Deus, e não a vontade de apenas uma das Pessoas da Trindade, se agrada da adoração espiritual, espírito com Espírito. Não fica isento, nessa adoração espiritual, o uso de lugares específicos e de objetos corporais, pois tudo Ele criou, e ao homem deu-lhe um corpo, logo este deve dá a Ele o Seu devido louvor (Salmos 150.6). O uso do corpo, com gestos cerimoniais, como os quais Jesus referia-se no contexto, os dos fariseus e os dos samaritanos, não agradaram, pois eram cerimônias mortas, feitas por tradição e não por um coração com entendimento. Os gestos cerimoniais originalmente apontavam às verdades de Deus. Deus quer que O adoremos com entendimento e não com cerimônias mortas. Jesus disse à mulher Samaritana que ela deveria se separar de todos os modos carnais (“Nossos pais adoraram neste monte”, v. 20) e prestar louvor primeiramente nas ações do coração e acondicioná-lo mais corretamente à condição do Objeto adorado, que “é Espírito” (Charnock, V. I, pág. 179).
Substâncias espirituais são mais excelentes do que as corporais, pois dão vitalidade às corporais; a alma do homem mais excelente do que os outros animais; os anjos mais excelentes do que os homens (Salmos 8.5; Hebreus 2.7). O superior, na sua própria natureza, contém a dignidade do inferior; Deus deve ter, portanto, uma excelência acima de todos esses e assim sendo, está inteiramente removido das condições de um corpo (Charnock).
Alguns sugerem que no tabernáculo, o ouro e os outros ornamentos apontavam para uma qualidade de Cristo, mas qualquer coisa visível era inadequada para representar a natureza de Deus que é puramente invisível, não podendo representar-Se à mente do homem adequadamente. Porém, sabendo que a adoração envolve a Trindade e pelo fato do tabernáculo representar a presença de Deus no meio do povo pecador, seria apto para o tabernáculo manifestar os atributos de Deus. Para representar a espiritualidade da natureza de Deus alguns apontam o ar contido na arca da aliança. O ar é invisível e se difundi em todas as partes do mundo, flui por entre todas as partes das criaturas e, enche o espaço entre o céu e a terra, ensinando-nos assim, que Deus é espírito e não há lugar onde Deus não esteja presente. (Charnock).
“Deus é Espírito” – Se Deus tivesse a forma de homem, os gentios não seriam acusados de pecado por mudar a Sua glória incorruptível em semelhança de homem corruptível (Romanos 1.23) (Charnock, V. I, pág. 182).
Se “Deus é Espírito”, porque a Bíblia atribui a Ele partes corporais? Estas devem ser consideradas como antropomórficas e simbólicas. Quando se fala que Deus aparece aos patriarcas e anda com eles, tais passagens devem ser explicadas como se referindo às manifestações temporárias do próprio Deus em forma humana – manifestações que prefiguravam o tabernacular final do Filho de Deus em carne” (A. H. Strong, V.I, pág.373). Por Deus ser Espírito puro estas passagens devem ser tomadas num sentido figurado e simbólico (T. P. Simmons, pág.84). Gênesis 32.30; Deuteronômio 34.10 somente podem ensinar que Deus se manifestou a Jacó e a Moisés numa representação que adequava à mente, ao espírito ou à vista deles, não que Ele tivesse um corpo (A H Strong). Estas representações aludem à Sua obra, e não à Sua natureza invisível. O olho – Sua sabedoria; braço e mão – Sua eficiência. Nelas são manifestas as Suas perfeições ao homem: os olhos e os ouvidos – onisciência; a face – Seu favor; a boca – revelação da Sua vontade; as narinas – aceitação das nossas orações; as entranhas – Sua compaixão; o coração – a sinceridade das Suas afeições; a mão – a força do Seu poder; os pés – a Sua presença. Também por elas, Ele nos ensina e nos conforta: Seus olhos – a Sua vigilância sobre nós; Seus ouvidos – a Sua prontidão em ouvir as súplicas dos oprimidos, Salmos 34.15; Seu braço – Seu poder, para aliviar os Seus e para destruir os inimigos, Isaías 51.9 (Charnock, pág. 189).
“Deus é Espírito” – “Eu Sou o que Sou” (Êxodo 3.14) manifesta-se a Si mesmo com tal descrição, como um ser puro, simples, não criado; tão infinitamente superior ao ser das criaturas, quão mais alto do que as concepções que elas têm dEle (Jó 37.23; Isaías 55.8,9). A Sua superioridade é percebida em que Ele é nomeado “Pai dos espíritos” (Hebreus 12.9) – Charnock.
Se Deus não fosse Espírito:
1. Não poderia ser o Criador. A sabedoria, bondade, poder, são tão infinitos, perfeitos e admiráveis que não poderiam ser contidos numa forma corporal. Pode uma substância corporal pôr a sabedoria no íntimo, ou dar à mente o entendimento (Jó 38.36)?
2. Não poderia ser invisível. Paulo adiciona invisível como parte das perfeições de Deus (I Timóteo 1,17). A Sua divindade se entende pelas Suas obras que são visíveis, mas, não é visível o Seu ser (João 1.18; I Timóteo 6.16).
3. Não poderia ser infinito. Deus é infinito (II Crônicas 2.6; 6.18; Isaías 66.1), portanto, não pode ser feito de partículas e membros; nem partes finitas, que nunca poderiam constituir um Ser eterno e ilimitado, nem de partes infinitas, que precisariam existir antes do Deus que elas compõem. Portanto, não tendo membros e sendo infinito, Deus é Espírito.
4. Não poderia ser imutável. Por Deus ser Espírito puro e não composto, Deus é imutável (Malaquias 3.6; I Timóteo 1.17; Tiago 1.17). Tudo que é composto é mutável na sua natureza, mesmo que nunca tenha mudado. Se Adão não pecasse, nunca teria tornado ao pó, mas por ser um ser composto, poderia mudar. Mas, Deus é imutável em essência, e portanto, é Espírito.
5. Não poderia ser onipresente. Um corpo não pode encher o céu e a terra de uma só vez com tudo que é, pois, é limitado ao tempo e espaço. Mas, Deus é onipresente (Salmos 139.7-10; Jeremias. 23.23, 24), portanto, Espírito.
6. Não poderia ser o Ser mais perfeito. Como a alma e espírito do homem corporal fazem dele o ser superior dentre todos os demais que tem corpos (animais), e como os anjos, que são espíritos sem corpos são superiores aos homens, Deus é mais perfeito do que a Sua criação por ser Espírito puro. O efeito não pode superar a Causa. Cada ser composto é criado e é em essência, finito e limitado, e assim sendo, longe de perfeição. Por Deus ser Luz sem trevas algumas (I João 1.5) e sem sombra de mudança (Tiago 1.17), sabemos que Ele é perfeito. Se perfeito, é o mais sublime Espírito.
Por Deus ser Espírito, é tanto pecado (Êxodo 20.5; Deuteronômio 5.8,9) quanto tolice formar em matéria qualquer imagem ou desenho de Deus. Nossas mãos são tão incapazes de formar uma imagem dEle ou desenha-lO como são incapazes os nossos olhos de O ver. Que a proibição de fazer imagens de Deus para O adorar ou ajudar na adoração é para todos os povos e de todos os tempos é clara, pois, Ele julgará tanto o Seu povo quanto os pagãos por fazerem tal tolice (Isaías 40.18-26; Romanos 1.21-25). Tais pessoas que fazem as imagens e desenhos, reais ou imaginativos, são tão estúpidas quanto as imagens (Salmos 115.4-8).
Aplicações:
1. Por Deus ser Espírito, o homem só pode conversar com Ele através de um espírito vivificado por Cristo (I João 1.3). Ele não é um corpo, portanto a beleza de templos, o valor ou o tamanho dos sacrifícios, o cheiro do perfume doce da fumaça do incenso ou o esforço de qualquer ação externa, não são aceitáveis a Ele. Deus olha para o coração, para os sacrifícios de um espírito quebrantado. Isto é o que é agradável a Ele. Isso Ele não desprezará (Salmos 34.18; Salmos 51.16, 17). Para termos a comunhão mantida com Ele, devemos ter o espírito da nossa mente renovado (João 3.5; Efésios 4.23). Nunca podemos ser unidos a Deus senão em um espírito vivificado por Cristo. Não podemos manter comunhão com Ele se não nos mantivermos limpos espiritualmente. Quanto mais espirituais, mais comunhão temos com Ele.
2. Se Deus é Espírito, o Cristão só pode ser satisfeito verdadeiramente com Ele. Como somos feitos à Sua imagem pela natureza espiritual da nossa alma, assim não podemos ter nenhuma satisfação verdadeira senão nEle. Não temos inter-relacionamento com os anjos. A influencia que eles têm conosco, a proteção que nos dão, é oculta e não discernida; mas Deus, o Espírito mais sublime, vem a nós por Seu Filho. A Ele devemos buscar; nEle devemos descansar, com Ele podemos comungar (Salmo 90.1; Salmos 63.1). Deus, sendo Espírito, nos fez na Sua imagem espiritual, devemos, portanto somente nos satisfazer nEle.
3. Se Deus é Espírito, devemos ter cuidado com aquilo em que mais somos parecidos com Ele: o espírito. O espírito é mais nobre que o corpo, portanto devemos dar valor mais ao nosso espírito que ao corpo. A nossa alma, através do espírito tem mais comunhão com a natureza divina e, portanto, merece o nosso maior cuidado. Aquilo que tem a imagem do Espírito em nós deve ser valioso. Davi, entendendo esse valor, chama a sua alma de sua predileta (Salmos 35.17). Manifestamos pouca reverencia para Deus Espírito quando não cuidamos do nosso espírito.
4. Se Deus é Espírito, devemos desviar-nos especialmente daqueles pecados que são espirituais. O Apóstolo Paulo fez diferença entre a imundícia da carne e a do espírito. Devemos nos purificar de todo pecado, tanto da carne quanto do espírito para sermos aperfeiçoados em santificação (II Coríntios 7.1). Pela imundícia da carne corrompemos o corpo, aquilo que o homem vê e usa para servir Deus diante do homem. Pela imundícia do espírito corrompemos aquilo que, na sua natureza, tem parentesco ao Criador, e é pelo qual intimamente servimos a Deus e qual Ele vê particularmente. Quando fazemos o nosso espírito o anfitrião de imaginações vãs, desejos imundos, e afeições torpes, pecamos contra a excelência de Deus em nós; contaminamo-nos naquilo pelo qual temos comunicação e vida com Ele, o nosso espírito. Pecados espirituais são os piores pecados, pois como a graça em nossos espíritos nos conforma ao fruto do Espírito Santo, assim os pecados espirituais nos contaminam com semelhanças ao espírito depravado, os dos anjos caídos (Efésios 2.2,3). Pecado na carne transforma homens em brutos; pecados espirituais conformam-nos à imagem de Satanás. De maneira nenhuma devemos fazer dos nossos espíritos um monturo, mas, pela renovação dos entendimentos, por pensar no que é puro, justo e divino, seremos transformados para saber e realizar qual é a perfeita vontade de Deus (Filipenses 4.8,9; Romanos 12.1,2).
Essa transformação é espiritual (João 3.3, 5-8). É através de Cristo (Efésios 1.3, 7, 13; 2.13-18). Você já se arrependeu dos seus pecados e creu pela fé em Cristo Jesus? Já está na hora!

Autor: Pastor Calvin Gardner

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

AS DEZ PRAGAS


Estas terríveis pragas tiveram por fim levar Faraó (Faraó, era o título dado ao monarca do Egito) a reconhecer e a confessar que o Deus dos hebreus era supremo, estando o seu poder acima da nação mais poderosa que era então o Egito (Ex 9.16; 1Sm 4.8) cujos habitantes deveriam ser julgados pela sua crueldade e grosseira idolatria.

1 - Águas em Sangue:
  Os egípcios tributavam honras divinas ao rio Nilo, e reverenciavam-no como o primeiro dos seus deuses. Diziam que ele era o rival do céu, visto como regava a terra sem o auxílio de nuvens e de chuva. O fato de se tornar em sangue a água do sagrado rio, durante sete dias, era uma calamidade, que foi causa de consternação e terror.  (Ex 7.14...)

2- A praga das rãs:
 
Na praga das rãs foi o próprio rio sagrado um ativo instrumento de castigo, juntamente com outros dos seus deuses. A rã era um animal consagrado ao Sol, sendo considerada um emblema de divina inspiração nas suas intumescências. O repentino desaparecimento da praga foi uma prova tão forte do poder de Deus, como o seu aparecimento. (Ex 8.1...)

3- Piolhos:
  A praga dos piolhos foi particularmente uma coisa horrorosa para o povo egípcio, tão escrupulosamente asseado e limpo. Dum  modo especial os sacerdotes rapavam o pelo de todo o corpo de três em três dias, a fim de que nenhum parasitos pudessem achar-se neles, enquanto serviam os seus deuses. Esta praga abalou os próprios magos, pois que, em conseqüência da pequenez desses insetos, eles não podiam produzi-los pela ligeireza de mãos, sendo obrigados a confessar que estava ali o "dedo de Deus" (Ex 8.19).

4- Moscas:
  As três primeiras pragas sofrem-nas os egípcios juntamente com os israelitas, mas por ocasião da separou Deus o povo que tinha escolhido (Ex 8.20-23). Este milagre seria, em parte, contra os sagrados escaravelhos, adorados no Egito.

5- Peste no gado:
  A quinta praga se declarou no dia seguinte, em conformidade com a determinação divina      (Ex 9.1). Outra vez é feita uma distinção entre os egípcios e os seus cativos. O gado dos primeiros é inteiramente destruído, escapando à mortandade o dos israelitas. Este milagre foi diretamente operado pela mão de Deus, sem a intervenção de Arão, embora Moisés fosse mandado a Faraó com o usual aviso.

6- Úlceras e tumores:
  (Ex 9.8) A sexta praga mostra que, da parte de Deus, tinha aumentado a severidade contra um monarca obstinado, de coração pérfido. E aparecia agora também Moisés como executor das ordens divinas; com efeito, tendo ele arremessado no ar, na presença de Faraó, uma mão cheia de cinzas, caiu uma praga de úlceras sobre o povo. Foi um ato significativo. A dispersão de cinzas devia recorda aos egípcios o que eles costumavam fazer no sacrifício de vítimas humanas, concorrendo o ar, que era também uma divindade egípcia, para disseminar a doença.

7- A Saraiva:
 
(Ex 9.22) Houve, com certeza. algum intervalo entre esta e a do nº 6, porque os egípcios tiveram tempo de ir buscar mais gado à terra de Gósen, onde estavam os israelitas. É também evidente que os egípcios tinham por esta ocasião um salutar temor de Deus de Israel, e a tempo precaveram-se contra a terrível praga dos trovões e da saraiva. (Ex 9.20).

8- Os gafanhotos:
  Esta praga atacou o reino vegetal. Foi um castigo mais terrível que os outros, porque a alimentação do povo constava quase inteiramente de vegetais. Nesta ocasião os conselheiros de Faraó pediram com instância ao rei que se conformasse com o desejo dos mensageiros de Deus, fazendo-lhes ver que o país já tinha sofrido demasiadamente (Ex 10.7). Faraó cedeu até certo ponto, permitindo que somente saíssem do Egito os homens; mas mesmo isto foi feito com tão má vontade que mandou sair da sua presença a Moisés e Arão (Ex 10.7-11). Foi então que uma vez mais estendeu Moisés o seu braço à ordem de Deus, cobrindo-se a terra de gafanhotos, destruidores de toda a vegetação que tinha escapado da praga da saraiva. Outra vez prometeu o monarca que deixaria sair os israelitas, mas sendo a praga removida, não cumpriu a sua palavra.

9- Três dias de escuridão:
  A praga das trevas mostraria a falta de poder do deus do sol, ao qual os egípcios prestavam culto. Caiu intempestivamente a nova praga sobre os egípcios, havendo uma horrorosa escuridão sobre a terra durante 3 dias (Ex 10.21). Mas, os israelitas tinham luz nas suas habitações. Faraó já consentia que todo o povo deixasse o Egito, devendo contudo, ficar o gado. Moisés, porém rejeitou tal solução. Sendo dessa forma a cegueira do rei, anunciou a última e a mais terrível praga que seria a destruição dos primogênitos do Egito (Ex 10.24-11.8). Afastou-se Moisés irritado da presença de Faraó cujo coração estava ainda endurecido (Ex 11.9,10).

10- A morte dos primogênitos:
   Foi esta a última e decisiva praga (Ex 11.1). E foi, também, a mais claramente infligida pela direta ação de Deus, não só porque não teve relação alguma com qualquer fenômeno natural, mas também porque ocorreu sem a intervenção de qualquer agência conhecida. Mesmo as famílias, onde não havia crianças, foram afligidas com a morte dos primogênitos dos animais. Os israelitas foram protegidos, ficando livres da ação do anjo exterminador, pela obediência às especiais disposições divinas.


Dicionário Bíblico Universal

terça-feira, 22 de novembro de 2011

WEB RADIO BOAS NOVAS DE CARA NOVA

Bem amigos irmãos que nos visitam, a nossa Rádio está inovando cada vez mais, e na proxima semana estaremos transmitindo o II Sarau Literário da Escola Claudizete Lima Eleutério do municipio de Rio Largo Alagoas ao vivo apartir das 18 horas do dia 28 deste mês. aqui está algumas fotos do pessoal do colegio alunos e funcionários.
Dia do Funcionário Público,nossa Diretora adjunta com funcionários e aluno.
Faixa alusiva ao dia do funcionário Público. Sr. Cláudio e alunos em frente a escola.
Nossas Merendeiras Betânia e Marluce em momento de conversas na cozinha da Escola.
Rita de Cássia momento antes do almoço alusivo ao dia do Fúncionário Público
Eu Antonio fazendo presença .
Sr. Cláudio momneto que tava providenciando água.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

As 7 promessas preparadas para o crente no céu


No livro do Apocalipse o Senhor Jesus tem 7 promessas apenas para os vencedores salvos, ou seja, aquele que permaneceu fiel a Deus e a sua palavra até o fim de sua caminhada na terra, grandiosas bênçãos que só os vencedores herdarão.
"mas aquele que perseverar até ao fim será salvo". (Mt 10:22b)

1º Promessa: Vida Eterna

"Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus". (Ap 2:7b)

Obs: A árvore da vida foi criada por Deus e colocada no jardim do Éden para que Adão comesse e vivesse eternamente, mas por causa da sua falha, eles foram expulsos do jardim e Deus pôs querubins para guardar a árvore da vida.

"ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente.
O SENHOR Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado". (Gn 03:22b e 23)

Só os salvos terão privilégios de comer da árvore da vida e viver eternamente.

2º Promessa: Não sofrer o dano da segunda morte (lago de fogo)

"O que vencer não receberá o dano da segunda morte". (Ap 2:11b)

"E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte". (Ap 20: 14 )

Sabemos biblicamente que para a pessoa ter seu nome escrito no livro da vida é necessário que ela se arrependa dos seus pecados e confesse que só Jesus é o Senhor da sua vida e passar a servi-lo.

"A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação". (Rm 10:9 e 10)

3º Promessa: Novo nome

"Ao que vencer darei a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe". (Ap 2:17b)

Grande benção é está 3º promessa, comeremos do maná escondido e receberemos uma pedra branca e nesta pedra um novo nome.Que maravilhas são as bênçãos futuras.

"Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho". (Fp 1:21)

4º Promessa: Julgar as nações

"E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações,
E com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai". (Ap 2: 26 e 27)

Grande e poderosa é está benção. Julgaremos aqueles que foram infiéis a Deus e a sua palavra. Os quais amaram a injustiça e chamaram o mal de bem e o bem de mal.

5º Promessa: Vestes brancas, não riscar o nome do livro da vida e ter o nome confessado diante de Deus e dos seus anjos

"O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos". (Ap 3:5 e 6)

Seremos vestidos com vestes brancas cujo o próprio Deus é o artífice.E estaremos com o nome intacto no livro da vida e o nosso nome confessado diante de Deus e dos seus anjos.

6º Promessa: Uma coluna no templo de Deus, com o nome de Deus o nome da cidade: a nova Jerusalém e o seu novo nome.

"A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome". (Ap 3:12)

Sem comentários.... Aleluia

7º Promessa: Assentar com Jesus no seu trono

"Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono". ( Ap 3:21)

No livro de Mateus capítulo 20:20 a mãe dos filhos de Zebedeu pediu para que seus dois filhos se assentassem ao lado de Cristo um na sua direita e um na sua esquerda no reino de Jesus (ou seja no céu).
Mais Jesus disse que isso só permitia a Deus, pois Deus estava preparando para os vencedores.

"mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem meu Pai o tem preparado". (Mt 20:23b)

Diante desse pequeno estudo, podemos contemplar as promessas para aqueles que vencerem e permanecerem fieis ao Senhor até o fim de sua caminhada.
Quantos tem desistido do caminho?

Medite:

"Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem". (Mt 13:7 e 14)

sábado, 19 de novembro de 2011

Qual o Motivo para a Evangelização?
por
J. I. Packer

Existem, de fato, duas razões que deveriam nos estimular permanentemente à evangelização. A primeira é o amor a Deus e a preocupação com a sua glória; a segunda, o amor ao homem e a preocupação com o seu bem-estar.

1. O primeiro motivo é primário e fundamental. A principal finalidade do homem é glorificar a Deus. O grande princípio de vida da Bíblia é: “fazei tudo para a glória de Deus”. [1] Os homens devem glorificar a Deus obedecendo a sua palavra e cumprindo a sua vontade revelada. Semelhantemente o primeiro e maior mandamento é : “Amarás o Senhor, teu Deus”. [2] Quando obedecemos aos seus mandamentos, estamos simplesmente demonstrando o nosso amor pelo Pai e pelo seu Filho, que nos amaram tão ricamente. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama;” disse o nosso Senhor. [3] “Porque este é o amor de Deus:”, escreveu João, “que guardemos os seus mandamentos”. [4] Agora, a evangelização é uma das atividades que tanto o Pai quanto o Filho nos mandaram cumprir. “E será (‘é necessário', de acordo com Marcos) pregado este evangelho do reino,” diz Cristo, “por todo o mundo, para testemunho a todas as nações”. [5] E, antes da sua ascensão, Cristo encarregou os seus discípulos usando os seguintes termos categóricos: “Ide,…, fazei discípulos de todas as nações …” A este mandamento ele imediatamente acrescentou uma promessa abrangente: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”. [6] O alcance desta promessa nos mostra quão extenso é o campo de aplicação do mandamento ao qual ela está ligada. A frase “até à consumação do século” deixa claro que o “convosco”, a quem a promessa foi dada, não se referia só e exclusivamente aos onze discípulos; esta promessa se estende a toda a Igreja Cristã, por toda a história, toda a comunidade da qual os onze eram , por assim dizer, os membros fundadores. Trata-se, portanto, de uma promessa que vale para nós não menos do que para eles, e uma promessa que, além de tudo, é também um grande conforto. Mas se a promessa se aplica a nós, então a comissão com a qual está associada deve estender-se igualmente a nós. A promessa foi dada para encorajar os onze , para que não fossem esmagados pelas dimensões e dificuldades do trabalho de evangelização mundial de que Cristo os encarregara. Se recebemos o privilégio de nos apropriar da promessa, então é igualmente nossa responsabilidade aceitar a comissão. O trabalho confiado aos onze é a tarefa permanente da Igreja. E, se é a tarefa da Igreja em geral, então é a sua tarefa e a minha tarefa em particular. Se, portanto, nós amamos a Deus e estamos preocupados em glorificá-lo, devemos obedecer ao seu mandamento de evangelizar.
Há outro aspecto ainda que precisamos considerar neste pensamento. Glorificamos a Deus pela evangelização não somente porque a evangelização é um ato de obediência, mas também porque na evangelização contamos a todo o mundo quão grandes coisas Deus fez para a salvação dos pecadores. Sempre que as suas obras poderosas da graça se tornam conhecidas, Deus é glorificado. O salmista nos exorta: “proclamai a sua salvação, dia após dia. Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos, as suas maravilhas”. [7] Para um cristão, falar aos incrédulos sobre o Senhor Jesus Cristo e do seu poder salvador significa por si só, honrar e glorificar a Deus.

2. O segundo motivo que deveria nos predispor a uma evangelização assídua é o amor ao nosso próximo e o desejo de ver os outros seres humanos salvos. O desejo de ganhar os perdidos para Cristo deveria ser, e de fato é, a natural e espontânea decorrência do amor que está no coração de todos aqueles que já nasceram de novo. Nosso Senhor confirma a exigência, presente no Antigo Testamento, de amarmos ao nosso próximo, como a nós mesmos. [8] “Por isso, enquanto tivermos a oportunidade,” escreve Paulo, “façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé”. [9] Que maior necessidade pode ter o ser humano do que a necessidade de conhecer a Cristo? Que bem maior podemos fazer a qualquer ser humano do que lhe expor o conhecimento de Cristo? À medida em que realmente amamos ao nosso próximo como a nós mesmos, necessariamente desejaremos que ele desfrute da salvação que é tão preciosa para nós. Na verdade, isso não deveria ser algo em que deveríamos pensar, quanto mais discutir. O impulso para evangelizar deveria brotar espontaneamente em nós na medida em que reconhecemos a necessidade que o nosso próximo tem de Cristo.
Quem é o meu próximo? Quando o intérprete da lei, que se viu confrontado com a exigência do amor ao seu próximo, fez esta mesma indagação ao nosso Senhor, Jesus respondeu narrando a história do Bom Samaritano. [10] O que esta história ensina é simplesmente isto: todo ser humano que você encontrar e que esteja necessitado, é o seu próximo; Deus o colocou no seu caminho para que você possa ajudá-lo e o seu negócio é revelar-se como sendo o próximo dele, fazendo tudo o que estiver ao seu alcance para suprir a necessidade dele, não importa qual seja. “Vai e procede tu de igual modo”, disse o nosso Senhor ao intérprete da lei. E ele nos diz o mesmo. E o princípio se aplica a todas as formas de necessidade, tanto espirituais quanto materiais. De modo que, quando nos achamos em contato com homens e mulheres que estão sem Cristo e, assim encaram a morte espiritual, devemos considerá-los como nossos próximos, e perguntar-nos o que podemos fazer para tornar Cristo conhecido deles.
Devo enfatizar mais uma vez: se nós mesmos conhecemos algo do amor de Cristo por nós, e se sentimos um pouquinho de gratidão nos nossos corações pela graça que nos salvou da morte e do inferno, então esta atitude de compaixão e cuidado por nossos semelhantes espiritualmente necessitados deveria fluir de modo natural e espontâneo de dentro de nós. Foi em relação a uma evangelização agressiva que Paulo declarou que “o amor de Cristo nos constrange” [11]. É uma coisa trágica e repulsiva quando os cristãos perdem o desejo, e tornam-se verdadeiramente relutantes, de compartilhar o conhecimento precioso que têm com os outros cuja necessidade é tão grande quanto a sua própria. Foi natural para André, depois de ter-se encontrado com o Messias, partir e falar ao seu irmão Simão, e a Filipe que correu levar as boas novas ao seu amigo Natanael. [12] Ninguém precisou dizer-lhes para fazer isso; eles o fizeram de forma natural e espontânea, da mesma forma como natural e espontânea uma pessoa compartilharia com a sua família e amigos qualquer outra novidade que a tivesse afetado fortemente. Existe algo de muito errado conosco se não consideramos natural nós mesmos agirmos desta maneira. É bom que tenhamos clareza sobre isso. Evangelizar é um grande privilégio; é uma coisa maravilhosa estar em condições de falar aos outros sobre o amor de Cristo, estando cientes de que não há nada de que eles necessitam saber mais urgentemente, e não há nenhum conhecimento no mundo que possa lhes fazer um bem tão grande. Não temos, portanto, porque ser relutantes e tímidos na evangelização pessoal e individual. Pois deveríamos ficar felizes e contentes em fazê-lo. Não deveríamos buscar desculpas para fugir da nossa obrigação, quando se nos oferece uma oportunidade de conversar com os outros sobre o Senhor Jesus Cristo. Se nós nos pegamos fugindo desta responsabilidade e tentando evitá-la, temos que nos deparar com o fato de que, com isso, estamos cedendo ao pecado e a Satanás. Se (como acontece usualmente) é o medo de ser considerado anormal e ridículo, ou de perder a popularidade em certas rodas de amigos, que nos impede, é preciso que nos perguntemos, diante de Deus: Estas coisas devem nos impedir de amar ao nosso próximo? Se for uma falsa vergonha, que na verdade não é vergonha nenhuma, e sim orgulho mascarado, que impede a nossa língua de dar o testemunho cristão quando estamos com outras pessoas, precisamos fazer esta pergunta à nossa própria consciência: O que nos importa mais, afinal – a nossa reputação ou a salvação deles? Não podemos ser complacentes com essa gangrena de vaidade e covardia quando sondamos assim as nossas vidas na presença de Deus. O que precisamos fazer é solicitar a graça para que possamos transbordar de tal forma do amor de Deus, que transbordemos de amor pelo nosso próximo e, dessa forma, achemos fácil, natural e prazeroso compartilhar com ele as boas novas de Cristo.
Espero, a esta altura, que esteja ficando claro para nós, como deveríamos considerar nossa responsabilidade evangelística. A evangelização não é a única tarefa que o Senhor nos deu, nem tão pouco é uma tarefa que todos são chamados a cumprir do mesmo modo. Não somos todos chamados para ser pregadores; não são dadas a todos as mesmas oportunidades ou habilidades comparáveis para lidar pessoalmente com homens e mulheres que necessitam de Cristo. Mas todos nós temos o mesmo dever de evangelizar, do qual não temos como fugir sem ao mesmo tempo com isso deixar de amar a Deus e a nosso próximo. Para começar, todos nós podemos e devemos estar orando pela salvação de pessoas não convertidas, particularmente da nossa família, e entre os nossos amigos e colegas do dia a dia. Além do mais, precisamos aprender a reconhecer as oportunidades de evangelização que as nossas condições cotidianas oferecem, e sermos ousados no aproveitamento delas. O ser ousado faz parte da natureza do amor. Se você ama alguém, fica constantemente pensando na melhor coisa que pode fazer pela pessoa e como pode melhor agradá-la com tudo o que você planeja para ela. Se, no caso, amamos a Deus – Pai, Filho e Espírito – por tudo o que eles fizeram por nós, devemos reunir toda a nossa capacidade de iniciativa e empreendimento para extrair o máximo de proveito que pudermos de cada situação para a sua glória – e a principal maneira de fazer isso é de descobrir formas e meios de disseminar o evangelho, obedecendo ao mandamento divino de fazer discípulos por todos os lugares. Similarmente, se amamos nosso próximo, reuniremos toda a nossa capacidade de iniciativa em empreendimento para encontrar formas e meio de lhe fazer bem. E a principal maneira de lhe fazer algo de bom é compartilhar com ele o nosso conhecimento de Cristo. Assim, se amamos a Deus e ao nosso próximo, evangelizaremos e seremos ousados em nossa evangelização. Não nos perguntaremos com relutância quanto devemos fazer neste campo, como se evangelizar fosse uma tarefa desagradável e pesada. Não perguntaremos ansiosamente qual o mínimo de esforço que devemos fazer, em termos de evangelização, que agradará a Deus. Mas perguntaremos avidamente e com toda sinceridade pediremos para que ele nos mostre quanto podemos fazer para disseminar o conhecimento de Cristo entre os homens, nos entregaremos de todo o coração a esta tarefa.
Há, contudo, mais um aspecto que necessita ser acrescentado a isso, para evitar que o que dissemos até aqui seja mal aplicado. Não podemos jamais esquecer que o espírito empreendedor que se exige da nossa parte na evangelização, refere-se ao empreendimento do amor: um empreendimento que emana de um interesse genuíno por todos aqueles que buscamos conquistar e de um cuidado autêntico pelo seu bem-estar, que se expressa em um respeito genuíno por eles e em uma amizade genuína. Algumas vezes encontramos um zelo caça escalpos na evangelização, tanto no púlpito quanto em nível pessoal, que acaba se tornando vergonhoso e até alarmante. É vergonhoso pelo fato de não estar refletindo amor e cuidado, nem o desejo de ajudar, mas antes arrogância, presunção e o prazer de exercer poder sobre a vida dos outros. É alarmante, porque acaba se expressando em um brutal esmurrar psicológico da pobre vítima, capaz de causar enormes danos às almas sensíveis e impressionáveis. Mas, se o amor inspira e regula o nosso trabalho evangelístico, nos aproximaremos das outras pessoas com um espírito diferente. Se nos preocupamos verdadeiramente com elas, e se o nosso coração verdadeiramente ama e teme a Deus, então procuraremos apresentar Cristo a elas de uma forma que seja, ao mesmo tempo, honrosa a ele e respeitosa a elas. Não devemos tentar violentar a personalidade de ninguém, ou explorar os seus pontos fracos, ou tratar com dureza seus sentimentos. O que, sim, tentaremos fazer é mostrar-lhes a realidade da nossa amizade e preocupação, compartilhando com elas o bem mais precioso que temos. Este espírito de amizade e preocupação acabará transparecendo em tudo o que nós lhes dissermos, quer seja do púlpito quer em particular, não importa quão drásticas e avassaladoras possam ser as verdades que nós lhes estivermos dizendo.
Há um livro clássico sobre evangelização pessoal de C. G. Trumbull , intitulado Taking Men Alive (Capturando os Homens Vivos). No terceiro capítulo deste livro, o autor nos conta a respeito de uma regra que o seu pai, H. C. Trumbull estabeleceu para si mesmo, nesta matéria. Ele dizia o seguinte: “Toda vez que eu tenho oportunidade de eleger o assunto da conversa com outra pessoa, o tema dos temas (Cristo) terá um destaque especial no nosso meio, de modo que eu possa identificar qual a sua necessidade e, se possível, satisfazê-la.” As palavras chaves aqui são: “ Toda vez que eu tenho oportunidade de eleger o assunto da conversa com outra pessoa ”. Elas nos lembram, primeiro, que tanto na evangelização pessoal quanto em todas as nossas relações com nossos semelhantes, devemos ser educados; e nos lembram, em segundo lugar, que a evangelização pessoal normalmente deve ser baseada na amizade . Normalmente você só terá o privilégio de escolher o assunto de conversação com o outro, depois que já tiver dado a si mesmo em amizade e estabelecido um relacionamento com ele, no qual ele sente que você o respeita, está interessado nele e o trata como um ser humano e não só como algum “caso”. Com algumas pessoas, é possível que você estabeleça um relacionamento como este em cinco minutos, enquanto que com outras isso pode levar meses. Mas o princípio permanece o mesmo. O privilégio de falar de uma forma íntima com outra pessoa sobre o Senhor Jesus Cristo tem que ser conquistado, e você o conquista convencendo-o de que você é seu amigo e de fato se preocupa com ele. Por isso a conversa longa indiscriminada, a intromissão sem ser chamado na privacidade da alma de outras pessoas, a insistência insensível ou exposição das coisas de Deus a estranhos relutantes que estão mais desejosos de ir embora – este tipo de comportamento em que as personalidades fortes e loquazes têm muitas vezes recaído em nome da evangelização pessoal , deveria ser descartado como uma caricatura de evangelização pessoal. Poderíamos chamar isso mais apropriadamente de evangelização impessoal! Na verdade, a brutalidade deste tipo de comportamento desonra a Deus; mais ainda, ele gera um ressentimento e predispõe a pessoa contra o Cristo , cujos professos seguidores agem de forma tão condenável. A verdade é que a verdadeira evangelização pessoal é muito custosa, porque ela exige de nós um relacionamento realmente pessoal com as outras pessoas. Nós temos que nos oferecer a nós mesmos em amizade honesta às pessoas, se quisermos que, algum dia, o nosso relacionamento com eles alcance o ponto em que tenhamos o privilégio de escolher o assunto e falar-lhes de Cristo, e podermos falar-lhes sobre as suas próprias necessidades espirituais, sem sermos nem mal-educados nem ofensivos. Se você deseja praticar evangelização pessoal, então – e eu espero que você o faça – você deve orar pelo dom da amizade. Uma amizade genuína, em todos os casos, é a marca registrada daquele tipo de pessoa que está aprendendo a amar ao próximo como a si mesmo.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

TRÊS PROPOSTAS DE ACABE PARA NABOTE





1 Reis 21.1-16
E sucedeu, depois destas coisas, tendo Nabote, o jezreelita, uma vinha que em Jezreel estava junto ao palácio de Acabe, rei de Samaria, que Acabe falou a Nabote, dizendo: Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, pois está vizinha, ao pé da minha casa; e te darei por ela outra vinha melhor do que ela; ou, se parece bem aos teus olhos, dar-te-ei a sua valia em dinheiro. Porém Nabote disse a Acabe: Guarde-me o Senhor de que eu te dê a herança de meus pais.

1ª PROPOSTA DE ACABE: DÁ-ME TUA VINHA PARA QUE A TRANSFORME EM HORTA.


Acabe foi tentado por iniqüidade e cobiçou a vinha. Lv 25.14 E, quando venderdes alguma coisa ao vosso próximo ou a comprardes da mão do vosso próximo, ninguém oprima a seu irmão. Ao longo das Escrituras, a vinha sempre foi utilizada por Deus como figura de linguagem para representar a obra e o Reino de Deus.


Isaías 5:1 -
"AGORA cantarei ao meu amado o cântico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu amado tem uma vinha num outeiro fértil".

Isaías 5:7 -
"Porque a vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias; e esperou que exercesse juízo, e eis aqui opressão; justiça, e eis aqui clamor".

Mateus 20:1 -
"PORQUE o Reino dos Céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha".

No Novo Testamento, Deus é chamado de
"O Senhor da Vinha" - Mateus 20.8 - "E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o jornal, começando pelos derradeiros, até aos primeiros".

Vinha
, na Bíblia é sinônimo de lavoura, de plantação, de seara, de ministério, de obra, de realização. Fala daquilo que o Senhor colocou em nossas mãos para fazermos. O obreiro deve defender a Vinha do Senhor que lhe foi dada por herança, mesmo que isto lhe custe a vida. O diabo quer transformar a Igreja em horta!

2ª PROPOSTA DE ACABE: TE DAREI POR ELA OUTRA VINHA MELHOR


Veja que Acabe tem argumentos convincentes. Ele melhora cada vez mais a proposta; sempre o diabo coloca sua proposta oferecendo algo dizendo que é melhor do que Deus nos deu. Quantos obreiros têm deixado de cuidar da
Vinha do Senhor para cuidar de empresas, para cuidar de projetos políticos. O Senhor não te chamou para cuidar de outras vinhas. Por mais interessante que seja o projeto e por mais parecido que seja com a Vinha do Senhor, não vale à pena. O inimigo fará tudo o que for preciso para te ver fora do projeto de Deus para tua vida.

3° PROPOSTA DE ACABE SE FOR DO TEU AGRADO, DAR-TE-EI O SEU VALOR EM DINHERO.


Se você não aceita sua vinha ser transformada em horta; Se você não troca a sua vinha por outra melhor, então venda. Quanto vale o teu chamado? Quanto vale a Vinha do Senhor que está sob tua responsabilidade.


Conclusão:


Não dê ao outro o que Deus te deu. Não existe coisa melhor para nós do que aquilo que veio de Deus, o dinheiro não pode comprar a nossa Vinha.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A MULHER COM FLUXO DE SANGUE - A QUE FOI CURADA E SALVA PELA FÉ

Valdenira Nunes de Menezes Silva





"Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na Sua veste. Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei" (Marcos 5:27-28). Fecho os olhos e me imagino na pele daquela mulher que teve doze anos de sua vida sendo repudiada pela família, amigos e por todos aqueles que a conheciam. Não me sentiria bem e não sei como reagiria sabendo que, por causa de um fluxo de sangue, eu seria considerada imunda e qualquer pessoa que tocasse em mim, também seria imunda. Como eu me sentiria junto a meu marido, filhos ... enfim, junto a minha família? A Palavra de Deus em Levítico 15:25-27 nos diz que ... "Também a mulher, quando tiver o fluxo do seu sangue, por muitos dias fora do tempo da sua separação, ou quando tiver fluxo de sangue por mais tempo do que a sua separação, todos os dias do fluxo da sua imundícia será imunda, como nos dias da sua separação. Toda a cama, sobre que se deitar todos os dias do seu fluxo, ser-lhe-á como a cama da sua separação; e toda a coisa, sobre que se assentar, será imunda, conforme a imundícia da sua separação. E qualquer que a tocar será imundo; portanto lavará as suas vestes, e se banhará com água, e será imundo até à tarde." O povo judeu obedecia com toda a reverência a Palavra de Deus e por isso essa mulher era considerada imunda por todo esse tempo. Era mais comum a mulher ser considerada impura por apenas sete dias - tempo necessário para o período menstrual. Levítico 15:19 fala, exatamente, sobre isto ... "Mas a mulher, quando tiver fluxo, e o seu fluxo de sangue estiver na sua carne, estará sete dias na sua separação, e qualquer que a tocar, será imundo até à tarde." Com esta mulher, a situação era diferente, pois ela tinha o fluxo de sangue há doze anos e ninguém, com certeza, queria ficar junto dela. Ela era imunda, impura e todos se afastavam de sua presença. Não podemos imaginar o tamanho do seu sofrimento, pois, para ela, não havia mais cura para este seu tão grande mal. Hoje, com o avanço da medicina, este seu problema, certamente, seria resolvido, pois ela poderia estar com um tumor fibroso, ou com alguma infecção ou problema hormonal mas, naquela época, muitos médicos trataram dela em vão. Podemos ler, no evangelho de Marcos 5:26a, que ela "... havia padecido muito com muitos médicos" e além de tudo, ela havia "despendido tudo quanto tinha" (Marcos 5:26b). Ela era uma mulher assim como eu e você, sujeita a doenças e pronta a gastar e despender tudo com qualquer coisa necessária para obter a cura. . Muitas vezes, nos tornamos fracas, desencorajadas porque procuramos resolver tudo com nossas próprias forças. . Muitas vezes, perdemos a esperança porque não entregamos tudo nas mãos de Deus. . Muitas vezes, nos esquecemos de que o nosso Pai Celestial é o médico dos médicos e o Deus dos impossíveis. Ele pode curar as nossas enfermidades quando Ele quiser sem ter que marcarmos dia, nem hora. Esta mulher que tinha o fluxo de sangue por doze anos nos dá um exemplo de fé que deve ser seguido por nós, pois, "... sem fé é impossível agradar-Lhe" (Hebreus 11:6). Quando ela soube que Jesus curava e fazia muitos milagres, seu coração se encheu da certeza de que esta seria a sua chance de cura. A multidão que seguia Jesus era muito grande mas a sua vontade de ficar boa era muito maior. Não importava quantas pessoas ela teria que enfrentar, o importante era que ela tivesse, pelo menos, a chance de tocar nas vestes dEle. O plano para a sua vida já estava traçado. Jesus sabia tudo que estava para acontecer e, de repente, Ele sentiu que ela O tocou. Mas, certamente, para tornar público aquele ato de fé e de coragem, Ele disse: "Quem tocou nas Minhas vestes?" (Marcos 5:30b). Ela, num ato de medo ou reconhecimento, caiu a Seus pés e contou-Lhe sobre os doze anos de sofrimento por causa de uma hemorragia, sua separação dos seus entes queridos e também o dinheiro que gastou com médicos. Foram doze anos de solidão e tremenda aflição. Ela sabia que não deveria tocar em ninguém mas, pela fé ela arriscou ser censurada pelo rabino e por todas aquelas pessoas que seguiam Jesus tocando em Suas vestes. Ele, ternamente, falou com ela. Não a censurou, não a chamou de pecadora mas de filha. Jesus disse-lhe palavras doces que a deixaram feliz ... "Filha, a tua fé te salvou" (Marcos 5:34). Como você se sentiria se ouvisse Jesus lhe chamar de filha e ainda lhe dizer que você estava salva? Amada irmã, três coisas importantes aconteceram na vida desta mulher depois que o Senhor proferiu estas palavras ... 1) Ela foi curada de uma hemorragia que a separava de seus entes queridos e amigos. 2) Ela foi chamada de filha por Jesus, o próprio Deus que a criou. 3) Ela foi salva não apenas pela fé que ela depositou em Jesus mas, principalmente, por Seu grande amor por ela, morrendo na cruz do Calvário no seu lugar Quantas bênçãos ela recebeu em sua vida , de uma só vez! Agora, ela estava curada, tornou-se uma filha de Deus e foi salva para todo o sempre. Foi necessário, somente, um toque amoroso de suas mãos nas vestes de Jesus. O nosso Salvador é Aquele que está sempre conosco nas horas difíceis da nossa vida. É Ele que ... 1- nos cura quando pensamos que não há mais nada a ser feito; 2- nos sustenta quando estamos prestes a cair; 3- nos carrega em Seus braços amorosos quando nos encontramos prostrados; 4- acalma nossos corações quando nos encontramos aflitas; 5- em Sua Palavra, nos diz 365 vezes "Não temas!"; 6- nos perdoa quando nos sentimos, completamente, perdidas por causa dos nossos pecados; 7- nos consola quando perdemos um ente querido e a dor é insuportável; 8- nos dá a paz mesmo quando estamos no "vale da sombra da morte". 9- firma os nossos pés na Rocha eterna; 10- nos pode dizer ... "Filha, a tua fé te salvou." "Obrigada, Pai, por cada detalhe da minha vida que Tu cuidas! Obrigada, porque somente Tu podes sondar meu coração e me embalar quando estou necessitando de Ti! Obrigada, porque somente Tu conheces meus pensamentos e diriges os meus passos para que eu não tropece e caia! Obrigada por esta mulher que colocaste na Bíblia e que serviu de exemplo de fé para a minha vida! Aumenta a minha fé, Senhor, para que com ela, eu possa agradar-Te! Por favor, Senhor, cura todas as minhas enfermidades, tanto as físicas como as espirituais! Deixa-me tocar em Ti naqueles momentos em que estou lendo a Tua Palavra. Deixa-me tocar em Ti enquanto derramo no Teu altar as minhas preocupações, rancores, ansiedades... Amém!" Ah, amada irmã, como devemos ser sempre mulheres agradecidas a Deus! Ele, na Sua Palavra, faz-nos promessas maravilhosas, promessas de um verdadeiro Pai amoroso. Dentre tantas promessas, Ele promete nos curar assim como curou a mulher que tinha hemorragia. Vamos nos deleitar nas doces palavras do nosso Deus? "E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante de Seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos Seus mandamentos, e guardares todos os Seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque Eu sou o Senhor que te sara" (Êxodo 15:26). Obrigada, Pai! "Senhor meu Deus, clamei a Ti, e Tu me saraste" (Salmo 30:2). Obrigada, Senhor! "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o Seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. Ele é O que perdoa todas as tuas iniqüidades, que sara todas as tuas enfermidades. Que redime a tua vida da perdição; que te coroa de benignidade e misericórdia" (Salmos 103:1-4). Obrigada, meu Deus, pela Tua bondade e misericórdia! Como é bom saber que o Senhor me ama e se importa comigo! Que possamos usufruir deste amor com muita fé e com um espírito agradecido e confiante.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Crescer Como Cedro no Líbano


"O justo florescerá como palmeira; crescerá como cedro no Líbano" Sl 92:12

1- Crescimento Lento Mas Consistente.

Sabemos acerca do Cedro do Líbano que ele cresce devagar, mas chega a atingir a altura de até 40 metros. Nos primeiros três anos de vida, as raízes crescem até um metro e meio de profundidade, enquanto a planta tem somente cerca de cinco centímetros. Somente a partir do quarto ano é que a árvore começa a crescer. O Cristão é como o cedro do Líbano, e portanto, tem a promessa de crescer. Ainda que o seu crescimento seja lento conforme a experiência do cedro, ele acontecerá e se tornará visível a todos. A preocupação do filho de Deus, principalmente nos primeiros anos da vida cristã, não deve estar no crescimento em si, mas no lançar das suas raízes. Lembre-se do fato de que nos três primeiros anos o cedro possui raízes de um metro e meio de profundidade enquanto a planta apresenta apenas cinco centímetros.

Entendemos, portanto, que o foco está no lançar das raízes muito mais do que nas evidências externas. Notamos muitas pessoas preocupadas porque não percebem que estão crescendo espiritualmente. Provavelmente estejam esperando frutos visíveis, ministérios estabelecidos, ou alguma evidência externa de que estão crescendo em Deus. No entanto, como o cedro, não deveríamos estar tão focados nessas evidências externas, se verdadeiramente nos ocuparmos em aprofundar as nossas raízes. Fazemos isso através da leitura da Palavra, da assimilação dos Seus princípios e da devida aplicação na vida prática. A essência da Palavra de Deus é o AMOR. Quanto mais nos exercitamos no Amor a Deus e ao próximo, mais profundas serão nossas raízes, e depois, no seu devido tempo, passaremos a manifestar um crescimento gradativo. “e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” (Efésios 3:17-18 )

1. Raízes que Buscam as Águas Profundas

Outra verdade interessante é que o cedro do Líbano é muito resistente e suporta vento e calor. Suas raízes profundas buscam água nos lençóis freáticos e por isso ele não depende de chuva. Assim deve ser o cristão. Para crescer à semelhança do cedro ele não pode viver na dependência dos fatores externos. Ele precisa aprender a aprofundar as suas raízes a fim de buscar alimento e provisão mesmo em condições desfavoráveis de seca, calor e ausência de chuvas. Há quem diga que deixou de crescer espiritualmente por causa da falta de espiritualidade da sua igreja local. Às vezes nos queixamos da própria família por não nos propiciar as condições favoráveis para o êxito em alguma área da vida.

Nas mais diversas ocasiões, se nos descuidarmos, estaremos sempre achando um bode expiatório para os nossos fracassos. No entanto, o ensino bíblico nos mostra que apesar da ausência de chuvas ou de fatores externos extremamente desfavoráveis, há de se encontrar as águas mais profundas. Aquelas que se acham quando são buscadas. Não estão na superfície da indiferença nem da preguiça. Não estão no limiar do conformismo ou da apatia espiritual. Elas estão no lugar da fome e da sede de Deus. Elas se encontram no lugar do desejo de ser alguém para Deus e para o mundo. “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29:13 )

1. Raízes Que Abraçam a Rocha

Há informações de que toda raiz quando cresce muito e atinge a rocha pára de crescer. No caso do cedro do Líbano a raiz continua a crescer em volta da rocha, abraçando-a. Enquanto algumas raízes vêem na rocha um impedimento para a sua expansão, para o cedro, justamente o contrário. Quanto mais abraçado à rocha mais firme ficará. Para muitos o encontro com a rocha fará cessar o seu crescimento. Refiro-me aos que vivem fora da Palavra de Deus. Eles vão crescendo e desenvolvendo seus projetos pessoais até esbarrarem em Cristo e em Seus imutáveis princípios. Não podem prosperar à maneira de Deus porque seus métodos, fórmulas, motivações e ações são condenados por Ele.

Não é assim com o justo que continua crescendo até suas raízes se firmarem na rocha, abraçando-a e estabelecendo uma relação de maior intimidade. Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos.” (1 Pedro 2:7-8 )

CONCLUSÃO

O nosso desejo é o de assimilar as verdades paralelas expressas pela figura do cedro do Líbano. Devemos fazer isso porque foi Deus quem disse que cresceríamos como ele.

Autor: Wilson Maia dos Santos

PARÁBOLAS DE JESUS
 


        Parábola é uma narrativa, imaginada ou verdadeira, que se apresenta com o fim de ensinar uma verdade. Difere do provérbio neste ponto: não é a sua apresentação tão concentrada como a daquele, contém mais pormenores, exigindo menor esforço mental para se compreender. E difere da alegoria, porque esta personifica atributos e as próprias qualidades, ao passo que a parábola nos faz ver as pessoas na sua maneira de proceder e de viver. E também difere da fábula, visto como aquela se limita ao que é humano e possível.
O emprego contínuo que Jesus fez das parábolas está em perfeita concordância com o método de ensino ministrado ao povo no templo e na sinagoga. Os escribas e os doutores da Lei faziam grande uso das parábolas e da linguagem figurada, para ilustração das suas homilias. Tais eram os Hagadote dos livros rabínicos. A parábola tantas vezes aproveitada por Jesus, no Seu ministério (Mc 4.34), servia para esclarecer os Seus ensinamentos, referindo-se á vida comum e aos interesses humanos, para patentear a natureza do Seu reino, e para experimen­tar a disposição dos Seus ouvintes (Mt 21.45; Lc 20.19). As parábolas do Salvador diferem muito umas das outras. Algumas são breves e mais difíceis de compreender. Algumas ensinam uma simples lição moral, outras uma profunda verdade espiritual.

Estas são as parábolas proferidas por Jesus:

01 - O Semeador
Mateus 13.5-8

02 - O Joio
Mateus 13.24-30

03 - O Grão de Mostarda
Mateus 13.31,32

04 - O Fermento
Mateus 13.33

05 - O Tesouro Escondido
Mateus 13.44

06 - A Pérola
Mateus 13.45,46

07 - A Rede
Mateus 13.47-50

08 - A Ovelha Perdida
Mateus 18.12-14

09 - O Credor Incompassivo
Mateus 18.23-35

10 - Os Trabalhadores da Vinha
Mateus 20.1-16

11 - Os Dois Filhos
Mateus 21.28-32

12 - Os Lavradores Maus
Mateus 21.33-46

13 - As Bodas
Mateus 22.1-14

14 - As Dez Virgens
Mateus 25.1-13

15 - Os Talentos
Mateus 25.14-30

16 - A Semente
Marcos 4.26-29

17 - Os Dois Devedores
Lucas 7.41-43

18 - O Bom Samaritano
Lucas 10.25-37

19 - O Amigo Importuno
Lucas 11.5-8

20 - O Rico Louco
Lucas 12.16-21

21 - A Figueira Estéril
Lucas 13.6-9

22 - A Grande Ceia
Lucas 14.16-24


23 - A Drácma Perdida
Lucas 15.8-10

24 - O Filho Pródigo
Lucas 15.11-32

25 - O Administrador Infiel
Lucas 16.1-9

26 - O Rico e Lázaro
Lucas 16.19-31

27 - Os Servos Inúteis
Lucas 17.7-10

28 - O Juiz Iníquo
Lucas 18.1-8

29 - O Fariseu e o Publicano
Lucas 18.9-14

30 - As Dez Minas
Lucas 19. 12-27



Pr Elias R. de Oliveira