sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

UMA BRECHA NA CIDADE


(Jeremias 39.2)
No ano undécimo de Zedequias, no quarto mês, aos nove do mês, fez-se uma brecha na cidade.
Preâmbulo: As cidades antigas com seus muros únicos envolta delas tinham a função de proteger os seus moradores, mas no dia que conseguiam abrir uma brecha na cidade esta ficava a mercê de qualquer dificuldade. A cidade de Jerusalém resistiu por um ano e meio o sitio do inimigo, até que um dia o inimigo conseguiu fazer uma brecha e com isso superou todo o sistema de bloqueio. Já diziam os antigos: Por onde se passa um boi passa uma boiada; por onde se passa um pingo d água se passa um oceano.
I - UMA CIDADE À MERCÊ
1. A mercê de 18 meses de sitio: O texto bíblico nos informa o período que durou o sitio 18 meses, ou seja, um ano e meio: (Jr 39.1) No ano nono de Zedequias, rei de Judá, no décimo mês, veio Nabucodonosor, rei de babilônia, e todo o seu exército, contra Jerusalém, e a cercaram.
2. A mercê da escassez: Uma cidade sitiada o primeiro que se interrompe é a entrada e a saída. A comercialização era feito nas portas, mas se a cidade esta cercada, com certeza a escassez chega, aumenta e aperta.
3. A mercê do perigo: A invasão era militar, os soldados estavam vigiando constantemente o movimento da cidade. Havia perigo ao redor da cidade completo.
4. A mercê do incomodo: A incomodidade de estar negociando uma saída da cidade e comprando as mercadorias superfaturadas colocadas pelo próprio inimigo nas portas.
5. Como conseguiram fazer uma brecha? Os guardiões do muro de Israel no mínimo cometeram alguma negligencia. O inimigo deve ter percebido uma pequena rachadura e com a ajuda de alguma cunha eles conseguiram abrir.
II - OS PRINCIPES DAS BRECHAS
1. Os nomes dos príncipes invasores: (39.3) Nergal-Sarezer, Sangar-Nebo, Sarsequim, Rabe-Saris, Nergal-Sarezer, Rabe-Mague.
2. O numero dos príncipes invasores: Seis príncipes, este é o numero do homem.
3. O lugar onde se assentaram os príncipes invasores: Na Porta do Meio, para impedir toda a movimentação, eles gostam de traçar as ruas. Se tiver brecha na cidade entrará nela todo tipo de demônios e se assentará na porta do meio,
4. O príncipe por nome Nergal: Nergal é o deus da guerra, da doença e da morte em Babilônia. Este nome se repete Nergal-Sarezer 1 e 2 para confundir, se um é vencido ainda vira o segundo. Esse é o espírito da ameaça.
5. O príncipe por nome Rabe-Mague: era o chefe dos adivinhos ele assassinou Evil-Merodaque filho de Nabucodonosor e lê tomou a coroa. Esse é o espírito roubador. Ele quer roubar a tua coroa. (Ap 3.11)
6. O príncipe por nome Rabe-Saris: Principal eunuco representa o mundo do homossexualismo que quer invadir a cidade pela brecha. Esse representa o espírito das orgias.
7. O príncipe por nome Sarezer: em hebraico significa ‘Protege o Rei' era filho do rei invasor Senaqueribe, por isso era príncipe, mas junto com o seu irmão Adrameleque assassinaram o seu pai enquanto ele adorava o seu deus. Esse representa o espírito da traição. (2 Rs 19.37) Sucedeu que, estando ele a adorar na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o feriram à espada; e fugiram para a terra de Ararate; e Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar.
III - CONSEQUENCIAS DE UMA CIDADE COM BRECHA
1. Fugiu o rei de Zedequias: (39.4) E sucedeu que, vendo-os Zedequias, rei de Judá, e todos os homens de guerra, fugiram, saindo de noite da cidade, pelo caminho do jardim do rei, pela porta que está entre os dois muros; e seguiram pelo caminho da campina. Os demônios querem ver você fugindo.
2. Prisão e sentencia do rei Zedequias: (39.5) Mas o exército dos caldeus os perseguiu, e alcançou a Zedequias nas campinas de Jericó; e eles o prenderam, e fizeram-no subir a Nabucodonosor, rei de babilônia, a Ribla, na terra de Hamate, e o rei o sentenciou. Os demônios querem ver você aprisionados.
3. O assassinato dos filhos de Zedequias: (39.6) E o rei de babilônia matou em Ribla os filhos de Zedequias, diante dos seus olhos; também matou o rei de babilônia a todos os nobres de Judá. Os demônios querem matar os teu filhos.
4. Furaram os olhos de Zedequias e levaram preso: (39.7) E cegou os olhos de Zedequias, e o atou com duas cadeias de bronze, para levá-lo a babilônia. Os demônios querem furar os teus olhos, te deixar cego.
5. Casa incendiada e muros derribados: (39.8) E os caldeus incendiaram a casa do rei e as casas do povo, e derrubaram os muros de Jerusalém. Os demônios querem destruir a tua proteção e segurança, casa e muros.
IV - SOMOS CHAMADOS A SER REPARADORES DE BRECHAS
1. O reparador de brechas: (Is 58.12) E os que de ti procederem edificarão as ruínas antigas; e tu levantarás os fundamentos de muitas gerações; e serás chamado reparador da brecha, e restaurador de veredas para morar.
2. O homem é uma cidade murada: (Pr 25. 28) Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito.
3. Satanás o procurador de brechas: O inimigo nunca desiste de ficar rondando buscando uma brecha (1 Pe 5.8) Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar.
4. Deus o guardiã da cidade: (Sl 127.1) Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.
5. O ser humano responsável da vigilância: (Na 2.1) O destruidor sobe contra ti, ó Nínive! Guarda a fortaleza, vigia o caminho, fortalece os lombos, reúne todas as tuas forças.
6. Quer conhecer uma cidade sem muros: (Sl 80.12, 13) Por que lhe derribaste as cercas, de sorte que a vindimam todos os que passam pelo caminho? O javali da selva a devasta, e nela se repastam os animais que pululam no campo.
7. As maiores brechas que eu conheço: Mentira, pecado não confessado, falta de perdão, soberba, pornografia.

Por: Teófilo Karkle
Assembleia de Deus - Lages - SC
pastor.karkle@hotmail.com

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Diante da Incerteza
Ivan havia sonhado muito tempo em ir para Moscou, morar e estudar direito na Universidade da Amizade Entre os Povos. Finalmente o sonho se realizou, porém, apenas 20 dias depois de estar morando no quinto andar do prédio da Universidade, de repente um cheiro de coisa queimando, veio a fumaça e dentro de pouco tempo todo o prédio estava em chamas. Parecia que a única esperança era que os bombeiros conseguissem apagar o fogo.
O problema foi que isto não aconteceu. O fogo chegou rapidamente e o estudante de 18 anos percebeu que iria realmente ser consumido.
E agora? Todos os seus sonhos iriam morrer? Nunca mais voltaria ao Brasil para rever as pessoas a quem amava?
Devia haver uma saída! Ele precisava sair daquele inferno!!!
Na velocidade com que o fogo se aproximava, a única saída seria pular! Isso mesmo! Ficando ou pulando poderia morrer, mas pulando poderia, talvez, viver. Aquilo seria, literalmente, dar UM PULO NO ESCURO. E foi exatamente assim que Ivan salvou sua vida no dia 24 de Novembro de 2003.
“Ivan  foi um dos poucos estudantes que estavam no quinto andar que sobreviveu ao acidente. Ele se jogou pela janela e teve a queda amortecida pela neve que caiu nos últimos três dias em Moscou. Outros 35 estudantes morreram e 197 ficaram feridos no incêndio.”
Você já se sentiu num dilema assim alguma vez? Sentiu sua vida num beco sem saída? Um edifício em chamas?
O mundo é um lugar escuro. São muitas às vezes em que nos sentimos totalmente desprotegidos. Outro dia, lendo um jornal, encontrei um pequeno artigo escrito por Nando Reis: articulista, compositor e ex-integrante do grupo de Rock “Titãs”. Ele dizia:
Infelizmente não acredito em Deus. Digo “infelizmente”, pois essa impossibilidade muitas vezes faz da minha vida um trajeto silencioso e solitário. Gostaria de poder dividir com alguém as penúrias e as agruras dessa vida tão complicada. Quantas vezes não quis, eu, olhar para o alto e me sentir amparado pela mão do Senhor, quando me vi impotente diante de tantos perigos. Quanto temi pela vida de meus filhos, vindos e criados para desfrutarem a graça deste mundo, mas que, como todos nós, são vulneráveis à violência que nos acua e nos ameaça – me sinto só sem poder pedir proteção para meus entes amados.
Você já se sentiu, como Nando Reis, desamparado por um Deus em quem você nem mesmo consegue acreditar? O que mais me intrigou foi ler o título do artigo de Nando Reis: “Porém, eu sinto sua falta” .
Que impasse terrível! Por um lado, é tão difícil acreditar num Deus invisível! Por outro, sentimos este vazio tão grande! Por que sentimos tanta necessidade de Deus, mesmo quando não conseguimos sequer acreditar em sua existência? O que é fé?
Um pastor certa vez me respondeu a esta pergunta citando um trecho da Bíblia: “FÉ é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver” (Hebreus 11:1 - BLH). Na época pensei: Se fé é a certeza, a única coisa da qual tenho certeza, é de que eu não tenho fé! Mas, ao mesmo tempo, fiquei pensando na segunda parte da frase: “fé é a prova de que existem coisas que não podemos ver.”
 
Desde aquele dia fiquei pensando: Como a fé pode provar a existência de Deus? Então, de repente li o comentário de um estudo científico que me deixou extasiado: Dizia que recentes estudos neurocientíficos mostram que no cérebro humano existe uma pequena estrutura em forma de amêndoa chamada “amígdala”, onde se localiza a “experiência religiosa”. Então o cientista,  Dr. Rwan Joseph, concluía:  “a habilidade de ter experiências religiosas tem uma base neuroanatômica” . Sabe o que isto significa? Que a anatomia do cérebro humano foi criada com um espaço para o homem se relacionar com um ser superior, ou seja, um espaço  que precisa ser preenchido por Deus! Ou seja, ter fé em Deus é uma necessidade fisiológica!
Para que?
E, pra que serve a fé?
Se o mundo é um edifício em chamas durante a noite, o qual precisa ser vencido para que vivamos, então “O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1João 5:4). Isto significa que, se eu consigo crer em Deus, posso vencer o incêndio! (1Pedro 1:9). Porque “Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
Nosso mundo é hostil. Você se lembra das palavras daquele artigo: “...Gostaria de poder dividir com alguém as penúrias e as agruras dessa vida tão complicada. Quantas vezes não quis, eu, olhar para o alto e me sentir amparado pela mão do Senhor, quando me vi impotente diante de tantos perigos. Quanto temi pela vida de meus filhos, vindos e criados para desfrutarem a graça deste mundo, mas que, como todos nós, são vulneráveis à violência que nos acua e nos ameaça...”
Como poderíamos nos defender destes “dardos do mal” que a cada dia nos ameaçam?
“...embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno”(Efésios 6:16 - RA).
“Nos dias do Novo Testamento os dardos frequentemente eram feitos com estopa embebida em substância combustível e então acesos, de modo que os escudos de madeira necessitavam de uma cobertura de couro a fim de extinguir o fogo rapidamente. Paulo sabia que ... esses dardos inflamados, a saber, as línguas dos homens que agem como flechas, as setas de impureza, egoísmo, dúvida, medo, desapontamento, que são planejadas pelo inimigo com o intuito de queimar e destruir. O apóstolo sabia que somente a dependência de FÉ em Deus podia debelar e anular o efeito de tais armas, sempre que fossem atiradas no cristão” (Francis Foulkes, Efésios – Introdução e Comentário – São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1963, pág. 145).
O mundo é um edifício onde passamos a vida toda subindo, andar após andar, pensando que a felicidade vai estar sempre no piso de cima. O pior é que, quando chegamos ao último andar, o prédio começa a incendiar-se. O fogo também vem subindo andar por andar. O que fazer? Esperar que os bombeiros consigam apagar o fogo, antes que ele chegue? O melhor é esperar no último andar. O grande problema é que, quando o fogo chega, você não tem mais o que fazer.
Neste exato momento você precisa decidir: ficar e ser incendiado ou dar UM PULO NO ESCURO!
Pra dar um pulo no escuro, é preciso ter fé!
Como Conseguir
Mas, como conseguir fé?
Faça de conta que você está no ponto de ônibus, de repente alguém que você não conhece chega correndo, ofegante, carregando uma mala, e a entrega a você dizendo: “Por favor, eu não posso explicar agora porque preciso correr, mas preciso que você fique segurando esta mala pra mim! Depois eu explico!
Quando a pessoa sai correndo novamente, você ficará segurando a mala?
É lógico que não!
Vamos mudar um pouco a história então: Tudo acontece do mesmo jeito, mas ao invés de ser alguém que você não conhece, é sua mãe quem vem correndo e entrega a mala antes de sair correndo de novo. E aí? Você segura a mala para a sua mãe?
É lógico que sim!
Por que? Simplesmente porque  você a conhece! Ela é sua mãe! Vocês se conhecem desde que você nasceu! Você tem certeza do amor dela!
Assim também acontece com Deus e você. Quanto mais tempo você passar com Ele, quanto mais ouvir os conselhos dele, quanto mais conversar com Ele, mais terá fé. A fé vem por se ouvir a mensagem...,  a palavra de Cristo (Romanos 10:17).
No ótimo livro Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu (Editora Vida), à página 20, os autores Norman Geisler e Frank Turek mencionam as "cinco perguntas mais importantes da vida":

1. Origem: De onde viemos?
2. Identidade: Quem somos?
3. Propósito: Por que estamos aqui?
4. Moralidade: Como devemos viver?
5. Destino: Para onde vamos?

"As respostas a cada uma dessas perguntas dependem da existência de Deus", afirmam os autores. “Se Deus não existe, então a conclusão é que a vida de alguém não significa nada. Uma vez que não existe um propósito duradouro para a vida, não existe uma maneira certa ou errada de viver. Não importa de que modo se vive ou naquilo em que se acredite, pois o destino de todos nós é o pó". Mas se Deus existe, então  "existe significado e propósito para a vida. Se existe um verdadeiro propósito para sua vida, então existe uma maneira certa e uma maneira errada de viver. As escolhas que fazemos hoje não apenas nos afetam aqui, mas também na eternidade."
Pule!
E como a fé tem vários estágios, hoje você poderia dar o primeiro passo da fé. O que significaria simplesmente fé pra pular! Pra se lançar no desconhecido! A ousadia de aceitar pelo menos ouvir as respostas que Deus tem pra dar, coisa que você nunca fez, porque você nunca se aproximou o suficiente dEle.
Dê uma chance a si mesmo de apenas ouvir as explicações de Deus. Você não vai se queimar só por isto! Analise o que Está Escrito sobre FÉ .
Para se aproximar de Deus é preciso ter FÉ porque “sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” (Hebreus 11:6). É através desta aproximação que nos tornamos “filhos de Deus”, e isto acontece “mediante a FÉ em Cristo Jesus” (Gálatas 3:26).
Deus é um Pai que teve seus filhos raptados ainda na maternidade e não reconhecem a sua paternidade. A Bíblia também ensina que, quando buscamos a Deus, procurando fazer a Sua vontade, a nossa FÉ aumenta. Você pode ver que... fé foi aperfeiçoada pelas obras (Tiago 2:22).
É por isto que é preciso experimentar. Se o primeiro estágio da fé chama-se “UM PULO NO ESCURO”, então o segundo e o terceiro são: “CAINDO NA GRAÇA” e “APRENDENDO A VOAR SEM ASAS”. O prazer deste último é o melhor! Mas para chegar no último estágio, tem que passar pelos dois que o antecedem.
Deus já caminhou muito tempo atrás de você por lugares distantes e sombrios. Só você e Ele sabem disso. Mas você também sabe que, mesmo nesses lugares, Ele não saiu do seu lado em nenhum instante. Nos momentos de maior rebeldia você ainda ouvia, lá no fundo, a voz do Senhor chamando pacientemente, como um pai amoroso. Ele ficou esperando tanto em seus momentos de descrença quanto nos instantes em que você achava que era mais sábio que Ele. Ficou aguardando quando você o substituiu por coisas e por outras pessoas. O que mais Ele vai precisar fazer? Vamos lá! Abandone suas tentativas frustradas de preencher o vazio do seu ser! Dê UM PULO NO ESCURO!
Extraído da Meditação Matinal 2006 – Sobre a Rocha, pág. 22, Mark Finley.
              Salvo indicação contrária, todas as passagens bíblicas neste estudo referem-se à Nova Versão Internacional – NVI.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

LIÇÕES DO AZEITE DA VIÚVA PARA NOSSA VIDA CRISTÃ
2 Reis 4:1-7

Introdução:
(1) Esta é uma história bíblica de valor extraordinário. Pois lições brotam do texto para nossa vida cristã.
Nossa última meditação – foi voltada para as Lições que esta viúva ensina através de seu testemunho de fé e caráter.

(2) Introdutóriamente – Quero destacar, que o milagre do azeite só aconteceu – Porque aquela mulher atendeu alguns quesitos indispensáveis:
1º - Submissão ao seu líder espiritual
2º - Ela possuia uma reserva de azeite
3º - Ela possuia azeite em casa
4º - Ela tinha um azeite sagrado
5º - Ela tinha um bom testemunho onde vivia
6º - Ela fechou a porta – 2 Rs 4:4 “Fecha a porta, sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite...”
*Você que reclama – “Eu não vejo milagres na minha vida...” – Não seria o caso de fechar a porta ???
*Fecha a porta como Daniel – Dn 6:10
*Fecha a porta para a mentira, cobiça, ódio, inveja, adultério, pornografia, maledicência, murmuração, etc...

(3) Vamos observar algumas lições do azeite da viúva –
Que trouxe aquele milagre àquela mulher e a seus filhos:


I. O MILAGRE DO AZEITE TROUXE ALEGRIA

1. Ao ouvir o conselho de Eliseu – Imediatamente sai pela sua vizinhança ajuntando vasos. Um sentimento de espectativa pelo milagre começou a entusiasmar o coração.


2. Aquela mulher possuia uma imaginação profética.
Ela anteviu o milagre – E a Fé, é esta imaginação profética – Hb 11:1 “Ora, a Fé é o firme fundamento das coisas que se não veem, e a prova das coisas que se não veem.”

3. Porque você não aguça esta imaginação profética – sobre aquele assunto que tanto te preocupa.
Deus falou – criou-se a espectativa do milagre – comece já a se alegrar!

4. Você não viu com os olhos fisicos – Mas, a espectativa do milagre te motiva, te faz crer mais e mais – E, você sabe que Deus fará.

5. (Comente – A alegria no trazer os vasos para casa – A alegria daquela viúva ao derramar o azeite nos vasos)...

6. O Milagre do azeite devolveu a Alegria de viver àquela casa
A Tristeza se instalou alí – em decorrência das perdas sofridas:
a) Perda do esposo e do pai
b) Perda da segurança financeira
c) Perda do sossego – Credores à porta (ameaças)

7. Quando o azeite foi multiplicado – Voltou o júbilo, voltou os cânticos....
Ilustr – Comente: A viúva carregando os vasos e cantando: “Vitória a Deus dará a mim eu sei – Só o Senhor é Deus !”
-Os vizinhos, começam a dizer: Como pode esta cantar, em meio à
tragédia ???...

8. O Milagre do azeite traz alegria:
a) Alegria da Salvação – Is 12:3
b) Alegria que fortalece – Ne 8:10
c) Alegria que vem do Senhor – Fp 4:4
d) Alegria que dá formosura ao rosto – Pv 15:13
e) Alegria que sara, que cura – Pv 17:22
f) Alegria que é um banquete que não se acaba – Pv 15:15
*Não, uma alegria passageira...
*É Alegria que perdura do (1 de jan a 31 de Dez) – 366 vezes encontramos a palavra alegria e seus derivados – Temos alegria até para os 366 dias do ano bissexto.
g) Alegria que independe das circunstâncias – Hc 3:17,18


II. O MILAGRE DO AZEITE TROUXE AUTORIDADE

1. Pensai nos credores à porta – Humilhando, apezinhando, ridicularizando aquela nossa irmã...

2. Ela cabisbaixa...Sem recursos...envergonhada diante dos impropérios e ameaças...

3. Mas, quando Deus fez o milagre – o azeite foi multiplicado... O azeite trouxe autoridade

4. Ilustr:- Imaginai a cena: Ela com os filhos indo pagar a dívida – Agora de cabeça erguida e cheia de confiança.

5. Você que até hoje foi zombado pelo inimigo – Chegou a unção (Is 10:27)..................................(Sl 113:5-9)

6. Quanto crente pisado e zombado pelo diabo – o maior dos credores – Porque perderam a autoridade por causa do pecado – Lm 5:14

7. A Unção traz autoridade – Lc 10:19; 2 Tm 1:7; Sl 92:10
1 Sm 16:13

8. Que tipo de credores espirituais estão batendo à tua porta:
a) O credor pecado – Gn 4.....................Pv 28:13
b) O credor mundo – Rm 12:2
c) O credor satanás – não queira dever pra ele, que ele cobra caro – Ilustr: Zc 3 – o sumo sacerdote Josué – satanás acusando)



III. O MILAGRE DO AZEITE TROUXE LIVRAMENTO

1. Qual foi a ameaça dos credores àquela viúva? Filhos serem levados como escravos.

2. Coloquemo-nos no lugar daquela senhora – Sua dor, seu pranto diante desta possibilidade

3. Filhos é o bem maior – São riquezas – Pois a Bìblia diz que eles são HERANÇA DO SENHOR – Sl 127

4. Ilustr: (Comente: A viúva pagando a dívida – voltando para a casa – Feliz – Lágrimas de contentamento e júbilo – Abraçando seus dois filhos – dizendo: “NUNCA MAIS – NUNCA MAIS, NINGUÉM OS TIRA DE MIM...”

5. Ter azeite em casa – pode salvar nossos entes queridos de irem como escravos do mundo e de satanás – Is 10:27

Pr. Marcos Antonio


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O PODER DA FÉ

O QUE É FÉ?
Ter fé é colocar sua confiança total em alguém ou alguma coisa. Muitos confiam em carros ou em imagens, etc Mas nós colocamos a nossa confiança não é Jesus Senhor. Is 12: 2; Sl 20: 7
a) Na conversão, a fé é o ato da alma voltar-se para Deus.
b) Hebreus 11 não define a fé, mas a descrevê em seu poder. Hb 11: 1
c) A fé traz segurança.
A fé envolvem o intelecto, a vontade ea emoção.                
• O aspecto intelectual Rm 10: 17 Inclui uma crença na revelação de Deus, na natureza e nos fatos históricos da Bíblia e nas suas doutrinas.

• O aspecto emocional Mt 13, 20-21 É um elemento importantíssimo na fé, mas não é seu único constituinte. Aqueles que tem uma grande quantidade de emoção Tendem sua fé em um escorregar.
• O aspecto voluntário Pv 23: 6 é uma conseqüência lógica do intelectual e do emocional. Inclui
 uma rendição do coração a Deus ea apropriação de Cristo como Salvador. Jo 1: 12
Nós somos salvos porque não paramos de pecar, mas porque começamos a crer. Qualquer pessoa pode parar de mentir roubar, beber, fornicar e falar palavrões. Mas parar com estas más obras''não''a salva. Somos salvos quando deixamos uma incredulidade e cremos em Jesus como Nosso Salvador.
• Quando cremos, não importa quão "mau" somos nossos nomes são escritos no Livro da Vida ea justiça de Deus é contada um favor nosso.
• A fé verdadeira nos converte por completo e em nós começa uma nova vida no Senhor Jesus Cristo.
A fé é mais do que crer que o Senhor nos contou como justos. Se crermos que Cristo morreu pelos nossos pecados, nos identificamos com a morte sua, como tendão morrido com ele. Foram os nossos pecados que Jesus suportou na Cruz. Foi uma Condenação que merecíamos que ele recebeu. Portanto, quando ele morreu, com ele nós morremos.
• Uma fé que não se identifica com a morte de Cristo não é verdadeira. Rm 6: 5-8
• Você não pode continuar e crer na sua mesma forma de viver. A fé muda nossa POSIÇÃO Perante Deus. Ela também transforma o nosso caráter, Através da fé nos tornamos novas criaturas. Eis algumas mudanças que uma ópera de fé:
• Estamos mortos para o pecado. Rm 6: 2
• Ressurretos com ele e por isso andamos em novidade de vida.
• Como Crucificados com Cristo, estamos livres do pecado. Rm 6: 6-7
• E vivos para Deus. Rm 6: 8-11
A importância da Fé:
• Somos salvos pela fé. Rm 5: 1
• Recebemos o Espírito Santo pela fé. Gl 3: 5, 14
• Somos santificados pela fé. Aos 26: 18
• Somos guardados pela fé. I Pe 1: 5.
• Somos curados pela fé. Tg 5: 15
• Andamos pela fé. II Co 5: 7
• Vencemos as dificuldades pela fé. Mc 9: 23
• Sem fé não podemos agradar a Deus. Hb 11: 6
• No serviço cristão uma fé faz de nós uma benção para os outros. Jo 7, 38
• Leva-nos esforçarmos um a favor de outros. Mc 2: 3-5
• A perseverança ter nenhum serviço. Mt 15: 28
O poder da Fé
Os santos do Antigo Testamento exerceram uma fé nas promessas de Deus. Essa fé foi que sustentaram os. Pela fé o crente reconhece que as coisas temporais e materiais não são mais reais do que Deus. A fé substancia a realidade de Deus. Hb 11: 5-6. Sem a fé toda obra humana fica contaminada pelo pecado.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

"E Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado de ambos os pés; era da idade de cinco anos quando as novas de Saul e Jônatas vieram de Jezreel, e sua ama o tomou, e fugiu; e sucedeu que, apressando-se ela a fugir, ele caiu, e ficou coxo; e o seu nome era Mefibosete." 2 Samuel 4:4 Um nome esquecido na bíblia,assim como uma grande parte de sua vida foi esquecida.Podemos falar de Saul,de Jônatas,de Davi,mas nem sempre é tocado no nome de Mefibosete.Mefibo...quem???Isso mesmo,Mefibosete!!!Estudando a vida desse homem,notei três aspectos de suma importância que traçaram sua história.

1-Como vimos no início,ele era um homem de linhagem real,neto do rei.Isso fazia dele alguém com uma perspectiva de vida enorme;seu futuro era uma promessa.Acredito que ainda quando criança seu coraçãozinho se enchia de alegria só de pensar que seu avô era rei,e que seu pai possivelmente iria se tornar.Mas algo aparentemente trágico aconteceu logo no início de sua infância: Aos cinco anos de idade uma queda o deixa paralítico de ambos os pés.(Agora peço a você que tente se lembrar de algo que talvez aconteceu na sua infância e que hoje te impede de caminhar.O Espírito Santo quer trazer cura para a sua vida!!!)E agora??? O que vai ser do futuro desse garoto???A partir daí ele é esquecido!!!

2-Aquele garoto nobre que tinha tudo pra dar certo foi parar não se sabe onde e nem como!A bíblia não relata nada sobre sua infância e juventude.Você já parou pra pensar como deve ter ficado seu coração?Os sonhos que ele um dia teve ainda criança passando por seus olhos e indo embora,sua família totalmente desestruturada,suas emoções feridas desde cedo.Agora o garoto é levado para o anonimato,onde vai crescer e virar um homem.Tudo esquecido,ás vezes até mesmo por ele.Mas não por Deus!!! O silêncio de Deus serve para fazer crescer,e justamente onde ninguém vê!Momentos de dor,de tristeza,de um notório esquecimento.Mas de muito crescimento e cura!!!

3-Jônatas,pai de Mefibosete,quando ainda era vivo havia se tornado o melhor amigo de Davi,que agora era rei da nação de Israel! "E disseDavi: Há ainda alguém que tenha ficado da casa de Saul, para que lhe faça benevolência por amor de Jônatas?"2 Samuel 9:1 Daí pra frente vemos se cumprindo os sonhos não apenas de Mefibosete,mas de Deus em sua vida!A restauração Chegou!valeu a perseverança,a espera,o confiar!!!Mefibosete passa a ter de volta todas as terras de seu avô Saul,passa a morar no palácio real e comer pão de contínuo na mesa do rei.Alcança para toda a sua vida o favor do Rei...não somente o rei Davi,mas aquele Rei que o tempo todo esteve olhando por ele!!!Ficam então os três passos:

1-Sonhos e promessas;

2-Anonimato;

3-Restauração e cumprimento das promessas.

Que essa palavra possa trazer cura e poder de restauração pra sua vida assim como trouxe pra minha!!!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

CORPO ALMA E ESPÍRITO


O homem em sua essência possui uma estrutura triúna, todos somos: espírito, alma e corpo. Em 1Ts 5.23 esta verdade é expressa de forma clara e inquestionável: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Há uma grande confusão a respeito de Espírito e Alma, muitos afirmam que se trata da mesma coisa; mas, ao lermos Hb 4.12 concluímos que são distintas entre si. Leia o texto: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”.
Como servos de Deus precisamos conhecer alguns pontos fundamentais da fé, o objetivo deste estudo e mostrar de forma clara e inequívoca que possuímos uma dimensão tríplice: espírito, alma e corpo.
1- ESPÍRITO HUMANO
A nossa vida consiste em aprendermos a exercitar o nosso espírito humano recriado para contatar o Senhor e sermos por ele guiados. Tudo o que necessitamos para alcançarmos uma vida vitoriosa, plena e produtiva, já nos foi dado pelo Espírito Santo residem em nós.
E como o nosso desejo é crescer na presença de Deus, precisamos de revelação. Revelação é o conhecimento que é transmitido pelo Espírito Santo ao nosso espírito.
Há uma diferença considerável entre o conhecimento mental (intelectual) e o conhecimento espiritual. Observe como há tantos que estão nas igrejas, conhecem a Bíblia, mas, este conhecimento não os faz frutificar para a vida eterna. Isto ocorre, pois muitos conhecem a Bíblia apenas intelectualmente (a letra); desprovida da revelação.
Ao lermos as cartas de Paulo percebemos que a sua maior preocupação era a de que os crentes tivessem a revelação de Deus. A revelação transforma através da Palavra as pessoas e a fé se manifesta de forma espontânea, a unção de Deus é transbordante. Veja: Ef 1.17 “para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele” e “E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção”.  Fp 1.9
A revelação é ocorre primeiramente em nosso espírito. O Espírito Santo transmite uma verdade ao nosso espírito, e o nosso espírito para a nossa mente. A mente por si só não pode ter revelação de Deus; esta função é do nosso espírito. Muitos membros de igrejas estão vivendo apenas como homens naturais, não conseguem discernir as coisas do espírito, pois não sabem usar seu próprio espírito para discernir a verdade de Deus.
O Espírito Santo que habita em nós fala conosco. Se alguém nunca ouviu o Senhor no espírito, então provavelmente não se converteu, pois somos gerados pela Palavra de Deus, se Deus não falou, então não houve Palavra e, e o novo nascimento não ocorreu.
Mas, como posso perceber e ou ouvir o espírito?  Entendemos que o nosso espírito é muitas vezes chamado de coração na Bíblia. No texto, Paulo explica que o coração é o espírito, ou pelo menos é o meio pelo qual ele é percebido. Quando a Bíblia faz referência ao coração, aponta para algo íntimo, das profundezas de nosso ser (comunhão, intuição e consciência).
Em Rm 2.29 lemos: “Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus”.
Veja mais sobre o espírito humano:
a) Deus é Espírito – Jo 4.24 “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.
Entende-se que, para que possamos ter contato com a matéria precisamos ser matéria, da mesma forma, para que possamos ter contato com Deus que é Espírito, precisamos ser um espírito também. Não ouvimos a voz de Deus com os nosso ouvidos físicos e tão pouco o veremos com os olhos da carne. Mas, a Bíblia afirma que é possível conhecer a Deus e este contato é possível apenas através de nosso espírito.
b) Através do espírito, adquirimos conhecimento espiritual – 1Co 2.14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.
O conhecimento importante que há em nossa vida cristã é adquirido espiritualmente. Há no meio cristão muitos usando a mente para entender as coisas que só é possível discerni-las espiritualmente, em conseqüência lêem a Bíblia e não a entendem e sobre conclusões erradas edificam a vida.
c) O nascer de novo é no espírito – Jo 3.6 “O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”.
O pecado de Adão produziu uma série de conseqüências que se estendeu a toda humanidade. Quando falamos da morte de Adão, não nos referimos à morte física, sim espiritual. O seu espírito morreu para o Eterno, esta morte se estendeu a todos os homens “naturais”. A morte espiritual não extinguiu o espírito, encontra-se morto, incapaz de estabelecer contato com o Criador. O Nascer de novo é o renascimento deste espírito para Deus.
d) Andar no espírito.
O Novo Testamento exorta-nos a andar no espírito e quando entendemos que aquele que se une ao Senhor é um só espírito com Deus, numa união indissolúvel, necessitamos que o nosso espírito esteja vivo, pois é através dele que recebemos toda a direção que procede do Espírito de Deus. O nosso espírito é a parte do nosso ser que tem como função contatar a Deus.
A nossa vida consiste em sermos guiados pelo Espírito, se não consigo ouvir o que o Espírito Santo está dizendo, como serei guiado?
Deus habita em nós na pessoa do Espírito Santo, nos molda e nos guia a toda verdade; estas ações não são frutos de doutrinas teológicas, sim, revelação de Deus.
e) Somos espirituais – 1Co 14.14 “Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera”.
Paulo afirma que: “se eu orar... então o meu espírito ora”. O apostolo mostra de forma clara que o “eu” e o “espírito” são a mesma coisa, concluímos que Paulo se via como um ser espiritual.
É evidente que não somos apenas espírito, somos também alma e corpo. Paulo ao escrever aos crentes de Roma afirma que é também matéria (corpo): Rm 7.18 “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne...”
A divisão que apresentamos tem como objetivo facilitar a compreensão. O homem é um ser constituído de três partes, a saber: espírito, alma e corpo.
O corpo que hoje possuímos é apenas a nossa morada terrestre, quando estivermos com o Senhor, nos céus, receberemos uma habitação celestial. Leia: 1Co 5.1,2 “Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial”.
2- ALMA
A palavra de Deus aponta-nos a alma como composta de três partes, são elas: a mente, a vontade e a emoção. Estas três faculdades constitui a personalidade humana. A alma é a sede da nossa personalidade, é o nosso “EU”. É por esse motivo que a Bíblia, em alguns textos, chama o homem de “alma”. A alma concentra as principais características do homem, tais como: amor, idéias, pensamentos, etc.
a) Função da Vontade:
Buscar - 1Cr 22.19 “Disponde, pois, agora o coração e a alma para buscardes ao SENHOR, vosso Deus”. Buscar é uma função da vontade e ela está na alma.
Recusar - Jó 6.7 “Aquilo que a minha alma recusava tocar”. Recusar é uma função da vontade.
Escolher - Jó 7.15 “pelo que a minha alma escolheria, antes, ser estrangulada; antes, a morte do que esta tortura”. Escolher também é uma função da vontade.
À luz dos textos citados, concluímos que a vontade é uma das funções da alma.
A vontade é o instrumento para nossas decisões e indisposições. Sem a existência da vontade seriamos semelhantes a um robô. O pecar ou não pecador está relacionado à vontade.
b) Função da Emoção:
A emoção é extremamente importante, ela traz “cor” à vida humana, no entanto, jamais podemos nos deixar guiar por ela. As emoções se manifestam de muitas formas, entre elas: amor, ódio, alegria, tristeza, pesar, saudade, desejo, etc.
Alguns exemplos de emoções:

Amor – 1Sm 18.1 “...e Jônatas o amou como à sua própria alma”. (ver também: Ct 1.7 e Sl 42.1) O amor é algo que surge em nossas almas e isso confirma que dentro da alma existe uma função como a emoção.
Ódio – 2Sm 5.8 “Davi, naquele dia, mandou dizer: Todo o que está disposto a ferir os jebuseus suba pelo canal subterrâneo e fira os cegos e os coxos, a quem a alma de Davi aborrece”. (ver também: Ez 36.5) Expressões como: menosprezo, aborrecimento, desprezo, etc. significam ódio e, vemos que procedem da alma.
Alegria – Is 61.10 “Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus”. Sl 86.4 “Alegra a alma do teu servo, porque a ti, Senhor, elevo a minha alma”. A alegria, segundo os textos citados é uma emoção da alma.
c) Função da Mente:
Os textos de Romanos e Provérbios sugerem que a alma necessita de conhecimento.
Conhecimento - Rm 12.1-2 “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.  E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
Pv 2.10 “Porquanto a sabedoria entrará no teu coração, e o conhecimento será agradável à tua alma”. Conforme os textos, Conhecimento é uma função da mente, logo, a mente é uma função da alma.
Saber – Sl 139.14 “Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem”. Saber é uma função da mente, e, portanto, também da alma.
Lembrar – Lm 3.20 “Minha alma, continuamente, os recorda e se abate dentro de mim”. O texto de Lamentações afirma claramente que a alma pode se lembrar. A Lembrança é uma das funções da mente. Podemos afirmar que a mente é uma função da alma.
A mente é a função mais importante da alma. Se a nossa mente for obscurecida, jamais chegaremos ao pleno conhecimento da Verdade. A renovação da mente nos possibilita experimentar e entender a vontade de Deus, que é revelada em nosso espírito.
Os tópicos apresentados, com base na Bíblia, não deixam dúvidas quanto às funções da alma, são elas: mente, vontade e emoção.
A Palavra de Deus nos mostra que aqueles que andam segundo os padrões da alma (vontade, mente e emoções) são chamados de carnais. Carnal não é exatamente aquele que anda na prática do pecado; pois, os que andam no pecado possivelmente ainda não nasceram (1Jo 3.9 “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus”).  Os cristãos que vivem segundo os padrões da alma tendem a seguir a função da alma que lhes é mais peculiar. Por exemplo:
a) Os emotivos usam as emoções como critério da vida espiritual. Se forem tomados por calafrios e fortes emoções conseguem fazer a Obra de Deus, mas, se as emoções acabam, também o ânimo se esvai.
b) Padrões da Mente, estes recusam as emoções; até criticam os emotivos como sendo carnais. O que não percebem é que andar segundo a mente também é da alma. Os que andam segundo o padrão da mente tendem a ser extremamente críticos e naturais na Obra. Geralmente, não aceitam o sobrenatural e quere colocar o Espírito Santo nos seus padrões de mente.
c) Empolgados pela Vontade (oba-oba) é a características de alguns crentes. Sempre dispostos a iniciar alguma atividade, porém, em pouco tempo o “fogo se apaga”, não são dotados de perseverança. E até afirmam: “Se não tenho vontade, não preciso orar, ler a Bíblia e jejuar, afinal, Deus não quer sacrifício”. Tem aparência de piedosos, mas se trata apenas de desculpas da carne para não servir a Deus.
Se o nosso andar é segundo a alma, invariavelmente cairemos em um dos três pontos expostos acima ou em todos eles. Lembre-se: “os que estão na carne não podem agradar a Deus”. Rm 8.8
Concluirmos que a nossa alma é ruim não é correto. O Erro é andarmos confiados em sua capacidade de pensar, entender e sentir. Os que andam segundo a alma não andam por fé.
Devemos transformá-la e este processo de transformação dura a vida inteira. Como transformar a alma? Renovando a mente!
A mente é a primeira função da alma, se a mudamos, os reflexos da transformação envolve toda a nossa vida. E a única forma de mudar a nossa mente e conformando-a com a Palavra de Deus. “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.2).
Sou eu mesmo quem me transformo na medida que me encho com a Palavra de Deus.
3- O CORPO
A Bíblia nos diz de forma clara que o nosso corpo é apenas a nossa casa terrestre. É o lugar onde moramos nesse mundo. A função básica do corpo é ter contato com o mundo físico.
Paulo escreve aos irmãos de Corinto e afirma:
“Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial;  se, todavia, formos encontrados vestidos e não nus.  Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida”. 2Co 5.1-4
O nosso corpo não tem conserto e nem salvação. Precisamos receber um novo corpo.  No céu não teremos uma nova alma, mas, teremos um novo corpo. O nosso espírito foi regenerado e a nossa alma está sendo transforma e o nosso corpo será glorificado. Estes são os aspectos passado, presente e futuro da nossa salvação.
 
Elias R. Oliveira
Adaptação:
Maturidade Cristã - Igr
eja da Paz

domingo, 4 de dezembro de 2011

AVISO PARA NOSSOS OUVINTES

Queremos avisar aos nosso internautas e ouvintes da Web Radio Boas Novas, que nossa emissora ganhará uma nova PÁGINA mais com isso devemos a vossa confiança de sempre estar acompanhando a nossa programação. Então até o fim da proxima semana nosso site estará em plena atividade. Espero que todos nos acompanhe.
Um abraço grande do tamanho de nosso Brasil a
você e seja um fator multiplicador para qeu nosso projeto se solidifique mas e mais na vontade do TODO PODEROSO.

sábado, 26 de novembro de 2011

A mulher cananéia

A multidão intentou apedrejar Jesus por causa das suas palavras e não por causa dos milagres que ele realizou “Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais? Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” ( Jo 10:32 -33).
“E, partindo Jesus dali, foi para as partes de Tiro e de Sidom. E eis que uma mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada. Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós. E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me! Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. E ela disse: Sim, SENHOR, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã” ( Mt 15:21 -28). 
Uma estrangeira crente
Após recriminar os fariseus por pensarem que servir a Deus era o mesmo que seguir tradições de homens ( Mc 7:24 -30), Jesus e seus discípulos seguiram para as terras de Tiro e de Sidom.
O evangelista Lucas deixa claro que, em terras estrangeiras Jesus entrou em uma casa e não queria que soubessem que ali estava, porém, não foi possível esconder-se. Uma mulher grega, siro-feníncia de sangue, que tinha uma filha possuída por um espírito imundo, ao ouvir falar de Jesus, passou a rogar-lhe que expulsasse da sua filha o espírito que a atormentava “Porque uma mulher, cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés” ( Lc 7:25 ).
O evangelista Mateus descreveu que a mulher saiu das cercanias e passou a clamar dizendo: - Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada! Mas, apesar das súplicas, Jesus parecia não ouvi-la.
Diferentemente de muitos outros que ouviram falar de Jesus, a mulher cananéia declarava uma verdade ímpar: - Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim...
A mulher não clamou por um mago, um feiticeiro, um curandeiro, um milagreiro, um médico, etc., antes clamou pelo Filho de Davi. Enquanto os filhos de Israel questionavam se Cristo realmente era o Filho de Davi, a mulher cananéia clamou plena de certeza: - Senhor, Filho de Davi..., uma certeza impar se compararmos com as especulações da multidão "E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi?" ( Mt 12:23 ).
Deus havia prometido nas escrituras que o Messias seria filho de Davi, e o povo de Israel aguardava ansiosamente a sua vinda. Deus prometera que um descendente de Davi, segundo a carne, havia de construir uma casa a Deus e o reino de Israel se firmaria acima de todos os reinos ( 2Sm  7:13 e 16). Porém, a mesma profecia deixava claro que este descendente seria o Filho de Deus, pois o próprio Deus seria o seu Pai, e o descendente seu Filho "Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens" ( 2Sm 7:14 ).
Mesmo tendo nascido na casa de Davi, pois Maria era descendente de Davi, os escribas e fariseus rejeitaram o Messias. Embora as Escrituras deixassem bem claro que Deus tinha um Filho, não creram em Cristo e rejeitavam a possibilidade de Deus tem um Filho “Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes?” ( Pv 30:3 ).
Diante da pergunta de Jesus: "Como dizem que o Cristo é filho de Davi?" ( Lc 20:41 ), seus acusadores não souberam responder o porquê Davi chamou profeticamente o seu filho de Senhor, se compete aos filhos honrar os pais e não os pais aos filhos ( Lc 20:44 ), porém, o que aquela mulher estrangeira ouviu acerca de Cristo foi o suficiente para concluir que Cristo era o Filho de Deus a quem Davi chamou de Senhor.
Ora, apesar de estrangeira, a mulher ouviu falar de Cristo, e a informação que chegou até ela levou-a a concluir que Cristo era o Messias prometido, o Descendente de Davi "Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra" ( Jr 23:5 ).
Por causa do clamor da mulher os discípulos ficaram incomodados, e pediram a Cristo que a despedisse. Foi quando Jesus respondeu aos discípulos dizendo: - Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Apesar de estar em terra estrangeira, Jesus enfatizou qual era a sua missão “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” ( Jo 1:11 ); "Ovelhas perdidas têm sido o meu povo, os seus pastores as fizeram errar, para os montes as desviaram; de monte para outeiro andaram, esqueceram-se do lugar do seu repouso" ( Jr 50:6 ).
Como o povo de Israel se esqueceu do ‘lugar do seu repouso’, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, a anuncia-los: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" ( Mt 11:28 ); "Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne" ( Rm 1:3 ).
Ao convocar o seu povo dizendo: - Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, Jesus se identifica como sendo o cumprimento do que foi profetizado por boca de Jeremias.
O povo do Messias o rejeitou, mas a mulher cananéia aproximou-se de Jesus e o adorou, dizendo: - Senhor, socorre-me!
O evangelista Mateus deixa claro que, pelo fato de a mulher ter pedido socorro a Cristo, estava adorando-O. Pelo fato de ter clamado: - Senhor, socorre-me!, o pedido da mulher era uma adoração ao Filho de Davi.
Por ter ouvido acerca de Jesus, a mulher creu no fato de que Ele era o Filho de Davi e, concomitantemente creu que Cristo era o Filho de Deus, pois adorou-O. O evangelista deixa claro que, o ato de pedir a Cristo que lhe concedesse a dádiva de libertar a sua filha daquele terrível mal, algo impossível aos homens, constituiu adoração.
A adoração da mulher aparentemente não surtiu efeito, pois Jesus lhe disse: - Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. A resposta de Cristo à mulher foi um complemento à resposta de Cristo aos discípulos.
O registro de Lucas dá o significado exato à frase de Cristo: “Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” ( Mc 7:27 ). Jesus estava enfatizando que a sua missão estava vinculada à casa de Israel, e atende-la, seria comparável ao ato de um pai de família que tira o pão dos filhos e dá aos cachorrinhos.
A resposta da mulher é surpreendente, pois ela não se fez de rogada ao ser comparada aos cães, e responde: - Sim, SENHOR, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. Ela confirma o que Jesus lhe disse, porém, enfatiza que não buscava o alimento destinado aos filhos, mas a migalha que cabe aos cachorrinhos.
Para aquela mulher, a migalha da mesa do Filho de Davi era suficiente para resolver o seu problema. Ela demonstrou que não tinha a pretensão de tirar o pão dos filhos que possuíam o direito de serem participantes da mesa, antes bastava a migalha que caísse da mesa do Filho de Davi.
Foi quando Jesus lhe respondeu: - Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora sua filha ficou sã.
É importante notar que a mulher foi atendida por crer que Cristo era o enviado de Deus, o Filho de Davi, o Senhor, e não porque Jesus se comoveu pelo sentimento de uma mãe desesperada.
Não é o desespero de uma mãe que faz com que Deus venha em socorro do homem, pois Cristo quando leu as Escrituras no profeta Isaias, que diz “O Espírito do Senhor é sobre mim...”, disse: “Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos” ( Lc 4:21 ), e deixou claro que é a confiança em Deus que move a mão Deus, pois havia inúmeras viúvas necessitadas em Jerusalém, porém, Elias foi enviado à casa de uma viúva estrangeira. Por quê? Porque aquela moradora da cidade de Sarepta de Sidom reconheceu que Elias era profeta, e apesar de sua necessidade, que beirava ao desespero, demonstrou a sua confiança em Deus ao obedecer a palavra do profeta ( Lc 4:25 -26).

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Espiritualidade de Deus

João 4:1-26
Introdução: Quando falamos de Deus, da Sua natureza e atributos, referimo-nos à essência de Deus e não às formas em que Ele tem se manifestado, e não estamos falando necessariamente sobre uma determinada pessoa da trindade. A palavra ‘Pai’ mostra a Sua personalidade, enquanto a palavra ‘Deus’ manifesta a Sua essência (Charnock, V. I, pág. 178).
Os atributos de Deus são as características distintivas da natureza divina inseparáveis da idéia de Deus e que constituem a base e o apoio das suas várias manifestações às suas criaturas
Chamamo-los atributos porque somos compelidos a atribuí-los a Deus como qualidades ou poderes fundamentais do Seu ser a fim de dar um relato racional de alguns fatos constantes nas auto-revelações de Deus. Não são existências separadas. São atributos de Deus (A. H. Strong, V.I, pág. 364, 366).
Atributo é a essência total agindo de uma forma específica. O centro da unidade não está em qualquer atributo, mas na essência... A diferença entre o atributo divino e a pessoa divina é que a pessoa é uma forma da existência da essência, enquanto o atributo é uma forma da relação, ou da operação da essência (Shedd, Dogmatic Theology, 1.335. citado em A. H. Strong, V. I., pág.367).
Qual é a Natureza de Deus?
“Deus é Espírito” (João 4.24)
Dizer que Deus é Espírito é fácil, pois a Bíblia diz assim. Mas o que queremos dizer por “espírito”? A palavra espírito é usada várias vezes com significados diversos. Quais apontam para Deus?
Espírito aerificado (Reduzir (-se) ao estado gasoso; aerizar, Dicionário Aurélio Eletrônico); Salmos 11.6, no hebraico “vento tempestuoso” ‘espírito de tempestade’.
Respiração – “espírito de vida”, Gênesis 6.17.
Anjos – Salmos 104.4, “faz dos seus anjos espíritos”. Podem ser tanto os bons quanto os imundos (Marcos 1.27)
Alma/espírito - do homem (Eclesiastes 12.7); de Cristo (João 19.30); Deus é Deus “dos espíritos de toda a carne” (Números 16.22).
Sem Carne – “... seus cavalos, carne, e não espírito” (Isaías 31.3); “um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lucas 24.39).
Ativo e eficaz – “Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me”; Calebe manifestou uma afeição ativa e não uma índole preguiçosa. Usou-se ‘espírito’, pois um espírito geralmente tem uma natureza ativa (Números 13.24; Daniel 6.3).
Forte atividade - Oséias 4.12, “O meu povo consulta a sua madeira, e a sua vara lhe responde, porque o espírito da luxúria os engana, e prostituem-se, apartando-se da sujeição do seu Deus”. Esta mesma idéia é embutida em Provérbios 29.11, “O tolo revela todo o seu pensamento (Hebraico = ‘espírito’)” no sentido que ele não sabe refrear a atividade da sua mente; ação espontânea sem controle ou limite.
Quando a Bíblia diz que Deus é Espírito, ela quer transmitir que Deus é o somatório de todos os significados, ou seja: uma substância invisível e ativa que promove ações em Si e nos outros. Não tem corpo, é sem tamanho, sem formato, sem bitola, ou comprimento de um corpo completamente separado de algo que é carnal ou de matéria (Charnock, V. I, pág. 181). “Deus é Espírito espiritíssimo, mais espiritual de todos os anjos ou almas” (Charnock, V. I., pág. 181, citando Gerhard). Como Ele excede tudo na essência do Seu ser, assim Ele excede tudo na Sua natureza de espírito: não há nada grosso, pesado, ou de matéria na Sua essência.
A afirmação de que “Deus é Espírito” testifica contra a heresia dos Saduceus que deram a Deus um corpo somente. Atos 23:8, “Porque os Saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa”.
Afirmar que “Deus é Espírito”, no contexto de João 4.24, manifesta verdades sobre a verdadeira adoração do homem à Divindade. A própria essência de Deus, e não a vontade de apenas uma das Pessoas da Trindade, se agrada da adoração espiritual, espírito com Espírito. Não fica isento, nessa adoração espiritual, o uso de lugares específicos e de objetos corporais, pois tudo Ele criou, e ao homem deu-lhe um corpo, logo este deve dá a Ele o Seu devido louvor (Salmos 150.6). O uso do corpo, com gestos cerimoniais, como os quais Jesus referia-se no contexto, os dos fariseus e os dos samaritanos, não agradaram, pois eram cerimônias mortas, feitas por tradição e não por um coração com entendimento. Os gestos cerimoniais originalmente apontavam às verdades de Deus. Deus quer que O adoremos com entendimento e não com cerimônias mortas. Jesus disse à mulher Samaritana que ela deveria se separar de todos os modos carnais (“Nossos pais adoraram neste monte”, v. 20) e prestar louvor primeiramente nas ações do coração e acondicioná-lo mais corretamente à condição do Objeto adorado, que “é Espírito” (Charnock, V. I, pág. 179).
Substâncias espirituais são mais excelentes do que as corporais, pois dão vitalidade às corporais; a alma do homem mais excelente do que os outros animais; os anjos mais excelentes do que os homens (Salmos 8.5; Hebreus 2.7). O superior, na sua própria natureza, contém a dignidade do inferior; Deus deve ter, portanto, uma excelência acima de todos esses e assim sendo, está inteiramente removido das condições de um corpo (Charnock).
Alguns sugerem que no tabernáculo, o ouro e os outros ornamentos apontavam para uma qualidade de Cristo, mas qualquer coisa visível era inadequada para representar a natureza de Deus que é puramente invisível, não podendo representar-Se à mente do homem adequadamente. Porém, sabendo que a adoração envolve a Trindade e pelo fato do tabernáculo representar a presença de Deus no meio do povo pecador, seria apto para o tabernáculo manifestar os atributos de Deus. Para representar a espiritualidade da natureza de Deus alguns apontam o ar contido na arca da aliança. O ar é invisível e se difundi em todas as partes do mundo, flui por entre todas as partes das criaturas e, enche o espaço entre o céu e a terra, ensinando-nos assim, que Deus é espírito e não há lugar onde Deus não esteja presente. (Charnock).
“Deus é Espírito” – Se Deus tivesse a forma de homem, os gentios não seriam acusados de pecado por mudar a Sua glória incorruptível em semelhança de homem corruptível (Romanos 1.23) (Charnock, V. I, pág. 182).
Se “Deus é Espírito”, porque a Bíblia atribui a Ele partes corporais? Estas devem ser consideradas como antropomórficas e simbólicas. Quando se fala que Deus aparece aos patriarcas e anda com eles, tais passagens devem ser explicadas como se referindo às manifestações temporárias do próprio Deus em forma humana – manifestações que prefiguravam o tabernacular final do Filho de Deus em carne” (A. H. Strong, V.I, pág.373). Por Deus ser Espírito puro estas passagens devem ser tomadas num sentido figurado e simbólico (T. P. Simmons, pág.84). Gênesis 32.30; Deuteronômio 34.10 somente podem ensinar que Deus se manifestou a Jacó e a Moisés numa representação que adequava à mente, ao espírito ou à vista deles, não que Ele tivesse um corpo (A H Strong). Estas representações aludem à Sua obra, e não à Sua natureza invisível. O olho – Sua sabedoria; braço e mão – Sua eficiência. Nelas são manifestas as Suas perfeições ao homem: os olhos e os ouvidos – onisciência; a face – Seu favor; a boca – revelação da Sua vontade; as narinas – aceitação das nossas orações; as entranhas – Sua compaixão; o coração – a sinceridade das Suas afeições; a mão – a força do Seu poder; os pés – a Sua presença. Também por elas, Ele nos ensina e nos conforta: Seus olhos – a Sua vigilância sobre nós; Seus ouvidos – a Sua prontidão em ouvir as súplicas dos oprimidos, Salmos 34.15; Seu braço – Seu poder, para aliviar os Seus e para destruir os inimigos, Isaías 51.9 (Charnock, pág. 189).
“Deus é Espírito” – “Eu Sou o que Sou” (Êxodo 3.14) manifesta-se a Si mesmo com tal descrição, como um ser puro, simples, não criado; tão infinitamente superior ao ser das criaturas, quão mais alto do que as concepções que elas têm dEle (Jó 37.23; Isaías 55.8,9). A Sua superioridade é percebida em que Ele é nomeado “Pai dos espíritos” (Hebreus 12.9) – Charnock.
Se Deus não fosse Espírito:
1. Não poderia ser o Criador. A sabedoria, bondade, poder, são tão infinitos, perfeitos e admiráveis que não poderiam ser contidos numa forma corporal. Pode uma substância corporal pôr a sabedoria no íntimo, ou dar à mente o entendimento (Jó 38.36)?
2. Não poderia ser invisível. Paulo adiciona invisível como parte das perfeições de Deus (I Timóteo 1,17). A Sua divindade se entende pelas Suas obras que são visíveis, mas, não é visível o Seu ser (João 1.18; I Timóteo 6.16).
3. Não poderia ser infinito. Deus é infinito (II Crônicas 2.6; 6.18; Isaías 66.1), portanto, não pode ser feito de partículas e membros; nem partes finitas, que nunca poderiam constituir um Ser eterno e ilimitado, nem de partes infinitas, que precisariam existir antes do Deus que elas compõem. Portanto, não tendo membros e sendo infinito, Deus é Espírito.
4. Não poderia ser imutável. Por Deus ser Espírito puro e não composto, Deus é imutável (Malaquias 3.6; I Timóteo 1.17; Tiago 1.17). Tudo que é composto é mutável na sua natureza, mesmo que nunca tenha mudado. Se Adão não pecasse, nunca teria tornado ao pó, mas por ser um ser composto, poderia mudar. Mas, Deus é imutável em essência, e portanto, é Espírito.
5. Não poderia ser onipresente. Um corpo não pode encher o céu e a terra de uma só vez com tudo que é, pois, é limitado ao tempo e espaço. Mas, Deus é onipresente (Salmos 139.7-10; Jeremias. 23.23, 24), portanto, Espírito.
6. Não poderia ser o Ser mais perfeito. Como a alma e espírito do homem corporal fazem dele o ser superior dentre todos os demais que tem corpos (animais), e como os anjos, que são espíritos sem corpos são superiores aos homens, Deus é mais perfeito do que a Sua criação por ser Espírito puro. O efeito não pode superar a Causa. Cada ser composto é criado e é em essência, finito e limitado, e assim sendo, longe de perfeição. Por Deus ser Luz sem trevas algumas (I João 1.5) e sem sombra de mudança (Tiago 1.17), sabemos que Ele é perfeito. Se perfeito, é o mais sublime Espírito.
Por Deus ser Espírito, é tanto pecado (Êxodo 20.5; Deuteronômio 5.8,9) quanto tolice formar em matéria qualquer imagem ou desenho de Deus. Nossas mãos são tão incapazes de formar uma imagem dEle ou desenha-lO como são incapazes os nossos olhos de O ver. Que a proibição de fazer imagens de Deus para O adorar ou ajudar na adoração é para todos os povos e de todos os tempos é clara, pois, Ele julgará tanto o Seu povo quanto os pagãos por fazerem tal tolice (Isaías 40.18-26; Romanos 1.21-25). Tais pessoas que fazem as imagens e desenhos, reais ou imaginativos, são tão estúpidas quanto as imagens (Salmos 115.4-8).
Aplicações:
1. Por Deus ser Espírito, o homem só pode conversar com Ele através de um espírito vivificado por Cristo (I João 1.3). Ele não é um corpo, portanto a beleza de templos, o valor ou o tamanho dos sacrifícios, o cheiro do perfume doce da fumaça do incenso ou o esforço de qualquer ação externa, não são aceitáveis a Ele. Deus olha para o coração, para os sacrifícios de um espírito quebrantado. Isto é o que é agradável a Ele. Isso Ele não desprezará (Salmos 34.18; Salmos 51.16, 17). Para termos a comunhão mantida com Ele, devemos ter o espírito da nossa mente renovado (João 3.5; Efésios 4.23). Nunca podemos ser unidos a Deus senão em um espírito vivificado por Cristo. Não podemos manter comunhão com Ele se não nos mantivermos limpos espiritualmente. Quanto mais espirituais, mais comunhão temos com Ele.
2. Se Deus é Espírito, o Cristão só pode ser satisfeito verdadeiramente com Ele. Como somos feitos à Sua imagem pela natureza espiritual da nossa alma, assim não podemos ter nenhuma satisfação verdadeira senão nEle. Não temos inter-relacionamento com os anjos. A influencia que eles têm conosco, a proteção que nos dão, é oculta e não discernida; mas Deus, o Espírito mais sublime, vem a nós por Seu Filho. A Ele devemos buscar; nEle devemos descansar, com Ele podemos comungar (Salmo 90.1; Salmos 63.1). Deus, sendo Espírito, nos fez na Sua imagem espiritual, devemos, portanto somente nos satisfazer nEle.
3. Se Deus é Espírito, devemos ter cuidado com aquilo em que mais somos parecidos com Ele: o espírito. O espírito é mais nobre que o corpo, portanto devemos dar valor mais ao nosso espírito que ao corpo. A nossa alma, através do espírito tem mais comunhão com a natureza divina e, portanto, merece o nosso maior cuidado. Aquilo que tem a imagem do Espírito em nós deve ser valioso. Davi, entendendo esse valor, chama a sua alma de sua predileta (Salmos 35.17). Manifestamos pouca reverencia para Deus Espírito quando não cuidamos do nosso espírito.
4. Se Deus é Espírito, devemos desviar-nos especialmente daqueles pecados que são espirituais. O Apóstolo Paulo fez diferença entre a imundícia da carne e a do espírito. Devemos nos purificar de todo pecado, tanto da carne quanto do espírito para sermos aperfeiçoados em santificação (II Coríntios 7.1). Pela imundícia da carne corrompemos o corpo, aquilo que o homem vê e usa para servir Deus diante do homem. Pela imundícia do espírito corrompemos aquilo que, na sua natureza, tem parentesco ao Criador, e é pelo qual intimamente servimos a Deus e qual Ele vê particularmente. Quando fazemos o nosso espírito o anfitrião de imaginações vãs, desejos imundos, e afeições torpes, pecamos contra a excelência de Deus em nós; contaminamo-nos naquilo pelo qual temos comunicação e vida com Ele, o nosso espírito. Pecados espirituais são os piores pecados, pois como a graça em nossos espíritos nos conforma ao fruto do Espírito Santo, assim os pecados espirituais nos contaminam com semelhanças ao espírito depravado, os dos anjos caídos (Efésios 2.2,3). Pecado na carne transforma homens em brutos; pecados espirituais conformam-nos à imagem de Satanás. De maneira nenhuma devemos fazer dos nossos espíritos um monturo, mas, pela renovação dos entendimentos, por pensar no que é puro, justo e divino, seremos transformados para saber e realizar qual é a perfeita vontade de Deus (Filipenses 4.8,9; Romanos 12.1,2).
Essa transformação é espiritual (João 3.3, 5-8). É através de Cristo (Efésios 1.3, 7, 13; 2.13-18). Você já se arrependeu dos seus pecados e creu pela fé em Cristo Jesus? Já está na hora!

Autor: Pastor Calvin Gardner